• Diretor de Redação Ulysses Serra Netto

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Filmes com fotografia inspiradora para assistir durante a quarentena

Quinta-feira, 26 Março de 2020 - 17:39 | Redação


Apesar de não ser tão badalada e notada quanto aos aspectos de direção de um filme, a fotografia é tão importante quanto. Não adianta nada um filme ter boa história, mas visual ruim. Por isso, um longa de grande qualidade visual marca quem assiste e atravessa as gerações. Confira, agora, os filmes que mais se destacaram pela qualidade visual ao longo da história do cinema. Blade Runner (1982) O filme dirigido por Ridley Scott conta a história de Deckard, um policial que vive caçando drones escravos que cometeram atos rebeldes. Com muita filosofia, e abordando temas como segregação social, a fantasia é tida como uma das melhores obras do cinema. Para as cenas da cidade, cheia de prédios altíssimos e muito movimento nas ruas, Scott utilizou miniaturas para as construções e veículos. Além disso, é possível perceber as luzes sempre invadindo as casas, criando uma alusão à função de sentinela da sociedade. Uma sequência foi feita em 2017, chamada Blade Runner 2049, e sua fotografia impressiona tanto quanto seu antecessor. A diferença consiste no uso de cores mais quentes e fortes na maioria dos trechos. …E o vento levou (1939) Tido como um dos melhores filmes de todos os tempos, possui incríveis 3h58min de duração. Foi um dos primeiros filmes coloridos e ajudou a popularizar a novidade com o Mágico de Oz. A fotografia é muito marcada por suas cores quentes em contraste com a destruição e isolação causadas pela Guerra Civil Americana. Todo o trabalho foi recompensado com o ganho de 11 categorias no Oscar de 1940, incluindo a de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz, Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Fotografia. O Grande Hotel Budapeste (2014) A melhor obra de Wes Anderson não poderia ficar de fora da lista. Com o aspecto perfeccionista de Anderson sempre presente, a trama tem uma fotografia belíssima. O longa conta a história de um quadro valioso que é roubado, contando com muita comédia. Outra obra de Anderson que merece menção é Ilha dos Cachorros, feita inteiramente em  stop-motion. Ela conta a história de um pequeno garoto japonês que teve seu cachorro roubado e enviado para uma ilha onde são mandados todos os cães, tidos como maiores culpados por difundir uma doença mortal. Interestelar (2014) Não poderíamos esquecer Christopher Nolan. O escolhido do diretor inglês é tido como um de seus filmes mais enigmáticos. O longa trata da história de Cooper, piloto da NASA que é escolhido para a missão, praticamente, impossível de salvar a Terra. As consequências são perder décadas do crescimento de seus filhos e não ter certeza se volta ou não. A fotografia é de tirar o fôlego, além de ser considerado por especialistas o filme mais fidedigno ao espaço. Um exemplo é o som: explosões como as que ocorrem em Star Wars são surreais, já que o barulho não se propaga no espaço. Em Interestelar, a sonoridade espacial é inexistente. A trilha sonora impecável de Hans Zimmer completa o pacote. Barry Lyndon (1975) O filme de Stanley Kubrick é único: algumas cenas foram filmadas inteiras somente com a luz de velas. A fotografia é tão surpreendente que alguns frames retratam pinturas renascentistas. Sua trama conta a história de um jovem camponês que se torna aristocrata casando-se com uma viúva. Ela (2013) Spike Jonze conseguiu criar um dos maiores filmes independentes de todos os tempos com a dupla Scarlett Johansson e Joaquin Phoenix. O enredo se trata de um escritor de cartas, em um futuro próximo, que se apaixona por sua assistente pessoal, uma inteligência artificial. Com uma paleta de cores única e visual alternativo, o filme é, sem dúvidas, um dos melhores filmes do século. As Aventuras de Pi (2012) Como o encontro de um garoto, uma zebra, uma hiena, um orangotango e um tigre-de-bengala, apelidado de Richard Parker, em um pequeno bote poderia dar errado? Ang Lee dirigiu uma obra-prima, com visual e efeitos de impressionar até os mais céticos. O enredo se desenvolve até chegar no dilema se Pi, o protagonista, poderia confiar em Richard Parker. Por trás, há todo um questionamento envolvendo a fé do garoto e sua perseverança para escapar do naufrágio com vida.

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