Campo Grande
Famílias desalojadas do Los Angeles continuam sem ter para onde ir
Apesar das ajudas de ONGs, cerca de 25 pessoas da Capital continuam sem ter onde morar

Na manhã desta quinta-feira, 23 de Junho, as famílias retiradas de um terreno baldio no Bairro Los Angeles foram chamadas ao Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) Los Angeles para inscrição no Programa Recomeçar.
Apesar da ação, organizada pela Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários de Campo Grande (Amhasf), os populares relatam que a ajuda não é garantida e que continuam sem ter para onde ir.
O CRAS também realizou o cadastro único de quem possuía documentos. Mas, a maioria dos desabrigados não tem carteira de identidade e demais documentações devido à ação violenta dos policiais no momento de reintegração de posse, que não permitiram que os moradores pegassem pertences pessoais.

A porta-voz das famílias, Claudia Moreira, de 49 anos, relata que foram mal atendidos hoje pela manhã e que uma confusão quase impediu que todos os necessitados fossem cadastrados.
"A gente fez cadastro para doação de casa por sorteio da Prefeitura, mas não tem prazo e só ajuda se a gente for sorteado. Foi difícil lá. Eles ainda vão ver se a gente tem direito ao auxílio aluguel, mas não é para todos", conta ela.
Pelo relato da moradora, os R$ 500,00 durante seis meses prometidos em nota da Assessoria da Amhasf não serão repassados para todas as 70 famílias. "Teve gente que eles olharam na cara e falaram que não ia pegar", comenta Cláudia.

Famílias afirmam que estão recebendo ajuda das iniciativas CUFA, Tocando em Frente da deputada federal Rose Modesto (União Brasil), gabinete da vereadora Camila Jara (PT) e Comitiva Esperança.
As doações são de roupa, comida, cobertas, fralda e leite para as crianças e uma lona, usada para construir um pequeno barraco na esquina em frente ao terreno do qual foram retirados.
O pouco de comida é cozinhado com utensílios improvisados, por exemplo, um piso de cerâmica usado como tábua de carne. Os vizinho emprestam o banheiro e os chamam para realizarem "bicos" e conseguir algum dinheiro.
"Temos medo da polícia, eles ficam rondando a gente, passam a cada 10 minutos e não falam nada. Mas a gente tem que sair daqui, porque o vizinho já falou que vai vir morar aqui onde a gente está e não tem para onde ir", conta Cláudia.

A equipe do Diário Digital entrou em contato com a Prefeitura para saber mais sobre a ação desta manhã no CRAS Los Angeles e sobre os benefícios e ajudas prometidos, mas ainda não obteve uma resposta oficial.
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