Capital consolida liderança econômica e projeta expansão com investimentos

Campo Grande finalizou setembro de 2025 reafirmando sua posição como principal polo econômico de Mato Grosso do Sul, com desempenho expressivo na geração de empregos formais, abertura de novos negócios e atração de investimentos estruturantes. O cenário positivo é sustentado pelos altos índices de confiança das famílias e pelo fortalecimento de setores estratégicos, consolidando o município como referência em desenvolvimento e competitividade no Centro-Oeste.

Segundo o Índice de Confiança das Famílias (ICF), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e da Fecomércio-MS, setembro fechou com 106,4 pontos, registrando leve ajuste técnico de 0,7% após três meses consecutivos de alta. O movimento é considerado saudável e reflete estabilidade após um ciclo de crescimento consistente.

Os dados mostram que 54,2% das famílias se sentem mais seguras em relação ao emprego, 57,5% mantêm perspectivas profissionais positivas e 53,4% avaliam sua renda como estável. Mesmo com a leve variação, o indicador permanece em patamar elevado, evidenciando a maturidade da economia campo-grandense. A expectativa para o último trimestre é de aceleração do consumo, impulsionada pelo pagamento do 13º salário, restituições do Imposto de Renda e retomada das atividades agroindustriais após o fim do vazio sanitário da soja.

O município também se destaca pela qualificação de sua força de trabalho. Com mais de 15 instituições de ensino superior e 52 programas de pós-graduação, Campo Grande forma cerca de 500 mestres e doutores por ano, contribuindo diretamente para o desempenho de Mato Grosso do Sul no Ranking de Competitividade dos Estados 2025, no qual o Estado ocupa o 2º lugar nacional no pilar Capital Humano. No mesmo estudo, a Capital avançou 15 posições no ranking municipal, alcançando a 71ª colocação nacional — resultado que reflete políticas públicas voltadas à educação, inovação e qualificação profissional.

A prefeita Adriane Lopes destaca que os investimentos em qualificação e infraestrutura ampliam o potencial de desenvolvimento da cidade.

“O desempenho da nossa economia é resultado de planejamento, gestão responsável e valorização das pessoas. Campo Grande tem se preparado para crescer de forma sustentável, gerando oportunidades e qualidade de vida. Os números do boletim mostram que estamos no caminho certo, com mais empregos, novos empreendimentos e confiança das famílias”, afirmou.

O secretário municipal de Meio Ambiente, Gestão Urbana e Desenvolvimento Econômico, Turístico e Sustentável (Semades), Ademar Silva Junior, ressalta que a Rota Bioceânica tem impulsionado a atração de investimentos e a integração econômica regional.

“Campo Grande está em um momento estratégico de atração de investimentos. Temos empresas de logística, marketplaces e grupos industriais de grande porte em processo de licenciamento junto à Prefeitura. Esse movimento confirma a confiança do setor produtivo na capacidade da cidade de oferecer infraestrutura, segurança jurídica e um ambiente de negócios moderno. Estamos preparando Campo Grande para ser o principal hub logístico e de serviços do Centro-Oeste, integrando nossa economia ao eixo da Rota Bioceânica”, aponta o secretário.

Geração de empregos mantém ritmo positivo

Pelo oitavo mês consecutivo, Campo Grande manteve o melhor desempenho do Estado na geração de empregos. Segundo o Observatório de Desenvolvimento Econômico da Semades, a Capital foi responsável por quase um quarto das vagas formais criadas em Mato Grosso do Sul, além de concentrar 42,91% das novas empresas abertas.

De acordo com o Caged, 645 das 2.718 vagas formais criadas em setembro no Estado foram geradas em Campo Grande, o que representa 23,7% do total. Os setores de Serviços, Comércio e Construção Civil seguem como principais motores da empregabilidade local. No Estado, o saldo positivo resultou de 32.847 admissões contra 30.129 desligamentos, com destaque para Construção Civil (+1.140 vagas), Indústria (+650), Serviços (+571) e Comércio (+532). Apenas a Agropecuária registrou retração (-175 vagas), em razão do vazio sanitário da soja.

A taxa de rotatividade ficou em 32,65%, praticamente alinhada à média nacional (32,98%), demonstrando equilíbrio nas contratações e estabilidade nos vínculos empregatícios. A projeção para o último trimestre é de crescimento sustentado, impulsionado pela retomada da safra, fortalecimento do consumo e continuidade dos investimentos estratégicos — consolidando Campo Grande como modelo de desenvolvimento econômico integrado, baseado em capital humano qualificado, infraestrutura eficiente e ambiente favorável ao empreendedorismo e à inovação.

Ambiente de negócios atinge recorde histórico

Setembro também marcou um recorde para o empreendedorismo sul-mato-grossense. A Junta Comercial de Mato Grosso do Sul (Jucems) registrou 1.058 novas empresas abertas no Estado, o maior número da série histórica para o mês, consolidando o nono período consecutivo acima de mil registros. Campo Grande respondeu por 454 novos empreendimentos (42,91% do total estadual), mantendo participação superior a 40% pelo segundo mês seguido. A predominância é do setor de Serviços (72,2%), seguido por Comércio (25,1%) e Indústria (2,6%).

De janeiro a setembro, foram registradas 10.248 novas empresas em Mato Grosso do Sul, sendo 7.708 de Serviços (75,2%), 2.184 de Comércio (21,3%) e 356 da Indústria (3,5%). Campo Grande responde por cerca de 4.400 registros, consolidando-se como o principal centro de empreendedorismo do Estado e do Centro-Oeste.

Investimentos e Rota Bioceânica transformam o cenário econômico

A expectativa de conclusão da Rota Bioceânica até 2026 projeta Campo Grande como hub logístico estratégico do comércio entre o Brasil e os países do Pacífico. A nova rota deve reduzir de 15 a 17 dias o tempo de transporte até a Ásia, representando economia de até 30% nos custos logísticos e ampliando a competitividade dos produtos sul-mato-grossenses.

Até o momento, os investimentos anunciados na Capital somam R$ 2,16 bilhões, com potencial de gerar 3.100 empregos diretos, concentrados principalmente nos setores imobiliário (R$ 1,2 bilhão), industrial (R$ 600 milhões) e infraestrutura logística (R$ 360 milhões). O setor de transporte rodoviário de cargas já reflete essa tendência, com 37 novas empresas abertas apenas em agosto, segundo a Jucems. A modernização da frota e o uso de tecnologias de rastreamento e gestão reforçam o padrão de qualidade exigido para o comércio internacional.

Esses investimentos consolidam a transformação estrutural da economia campo-grandense, que se prepara para integrar um corredor comercial capaz de conectar mais de 280 milhões de habitantes em quatro países  Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, posicionando Campo Grande como eixo logístico do continente.

Para acessar o boletim completo clique no link: https://www.campogrande.ms.gov.br/sidagro/downloads/?tax=category%3D18