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Campo Grande adota conceito de ‘Cidade-Esponja’ para combater enchentes

Nova lei incentiva soluções naturais, como jardins de chuva e telhados verdes

Terça-feira, 04 Novembro de 2025 - 14:55 | Sandra Salvatierre


Campo Grande adota conceito de ‘Cidade-Esponja’ para combater enchentes
A nova legislação estabelece que o modelo de Cidade-Esponja busca absorver, armazenar e filtrar a água da chuva de maneira natural, utilizando infraestrutura verde e soluções baseadas na natureza. A proposta é tornar o ambiente urbano mais resiliente às chuvas intensas e aos impactos das áreas impermeabilizadas. (Foto: Divulgação).

A Prefeitura de Campo Grande divulgou, na quinta-feira (30), a Lei n.º 7.511, que institui o conceito de “Cidade-Esponja” no município, com o objetivo de promover soluções sustentáveis para o gerenciamento das águas pluviais. A medida visa reduzir alagamentos e enchentes, além de aprimorar a drenagem urbana de forma ecológica e integrada.

A nova legislação estabelece que o modelo de Cidade-Esponja busca absorver, armazenar e filtrar a água da chuva de maneira natural, utilizando infraestrutura verde e soluções baseadas na natureza. A proposta é tornar o ambiente urbano mais resiliente às chuvas intensas e aos impactos das áreas impermeabilizadas.


Entre os principais objetivos da lei estão:

  • aumentar a permeabilidade do solo urbano, facilitando a infiltração da água;
  • reduzir a sobrecarga das redes de drenagem tradicionais, minimizando enchentes;
  • ampliar as áreas verdes e os espaços de retenção hídrica;
  • melhorar a qualidade da água por meio de práticas de filtragem e reuso sustentável;
  • e contribuir para a redução do efeito de ilha de calor, melhorando o microclima urbano.


A implementação das diretrizes poderá ocorrer por meio de jardins de chuva, telhados verdes, pavimentos drenantes e outras soluções de infraestrutura ecológica. Esses mecanismos permitem que a água da chuva seja absorvida e reaproveitada, reduzindo o escoamento superficial e favorecendo a recarga natural do solo.

A lei também autoriza o Poder Executivo a estabelecer parcerias com a iniciativa privada, instituições de ensino e organizações da sociedade civil, incentivando a criação de áreas permeáveis e jardins de chuva em espaços públicos e privados de interesse coletivo. A regulamentação será elaborada pelo Executivo Municipal, observando o Plano Diretor e as normas técnicas e ambientais aplicáveis.


O que é uma “Cidade-Esponja”

O conceito de Cidade-Esponja refere-se a um modelo urbano capaz de absorver, reter e reutilizar a água da chuva, em vez de drená-la rapidamente. Ele utiliza soluções baseadas na natureza, como parques, telhados verdes, pavimentos permeáveis e restauração de corpos d’água; para gerenciar o escoamento pluvial.

Esse tipo de planejamento busca mitigar enchentes, melhorar a qualidade da água e do ar, combater a escassez hídrica e criar ambientes urbanos mais sustentáveis e resilientes às mudanças climáticas.

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