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Após mais de uma década, Bioparque dá vida ao antigo Aquário do Pantanal
Após 11 anos, Aquário do Pantanal é inaugurado com nome novo e entrada gratuita
Segunda-feira, 28 Março de 2022 - 12:30 | victoria oliveira

Com nome de "Bioparque Pantanal", o antigo Aquário do Pantanal foi inaugurado nesta segunda-feira (28) como o maior aquário de água doce do mundo. O projeto teve mais de 10 anos de construção e R$ 249 milhões de investimento do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul e, a partir de maio, recebe a população sul-mato-grossense de maneira gratuita. O mês de abril, conforme informações do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), é destinado a visitas institucionais.

O objetivo do espaço é ser mais do que um Aquário, esclarece o governador. A população terá entrada gratuita para ter acesso ao "conhecimento do Pantanal", explica. "Hoje, a gente inaugura, até dezembro tomamos a opção de compartilhar a gestão dos informes governamentais, vamos ter um site aberto a partir de 1º de abril para cadastramento das visitas acompanhadas sem cobrar ingresso. A entrada gratuita é até 31 de dezembro, o novo Governo tomará decisão de conceder ou não, aí é uma escolha de quem vier no próximo Governo", comenta.
A inauguração teve presença de diversas autoridades sul-mato-grossenses, como o secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel. Na ocasião, o pré-candidato ao Governo do Estado afirmou não ter dúvidas de que o Bioparque auxiliará na educação de crianças e adolescentes a respeito do ecossistema. "Formação de cidadania, de conhecimento, de orgulho de ser do Mato Grosso do Sul".

"A gente inaugura um equipamento que está fazendo história. É uma dimensão que talvez não consigamos alcançar no dia de hoje, mas ao longo do tempo, tenho certeza que vai marcar uma nova geração de sul-mato-grossenses, muito mais conhecedores do nosso Pantanal", disse.
Eduardo Riedel afirmou, ainda, que o mês de abril será voltado para visitas institucionais, porém, a entrada para a população em geral, a partir de maio, será gratuita "até por entender que o Estado já investiu muito sem ter parceiro privado".
O Bioparque Pantanal oferece um novo conceito que une educação, pesquisa e conservação, bem como projetos de pesquisa e conservação de espécies, valorizando o bem-estar dos animais e orientando seus visitantes pela educação ambiental. O museu, laboratórios de educação ambiental e pesquisa científica e centro de convenções, proporcionam um conjunto de atividades e experiências, de maneira inovadora, dinâmica e viva.
O governador também afirmou que espaços do local serão utilizados como atrativos para feiras, exposições e eventos empresariais. "Nós teremos muito ensinamento aqui dentro, inúmeros eventos compartilhados com a sociedade", declarou,
Riedel reforçou, ainda, que acredita que a inauguração servirá de base de estudo para a população tomar consciência sobre a biodiversidade do Estado. "Claro que é um centro de atração de turista e vai ser explorado comercialmente, mas, acima de tudo, é um centro de formação de cidadania dos nossos jovens", declarou. "Não tenho dúvida que fomenta o turismo. Eles [turistas] vão encontrar aqui [no Bioparque] todo conjunto de informação para poder ter essa referência do que é nosso Pantanal sul-mato-grossense".
Outras atividades possíveis de serem realizadas dentro do Bioparque são seminários, conferências, formaturas ou eventos sociais poderão ser realizados, aproveitando toda a dinâmica que o local oferece.
O pré-candidato a Governo do Estado disse, ainda, que é difícil afirmar, de ponto de vista econômico, se o investimento de mais de R$ 249 milhões terá retorno aos cofres públicos. "É um equipamento que não é barato pela concepção da obra. Agora, eu não tenho dúvida que o Estado operando e entendendo como funciona essa dinâmica vai encontrar o melhor parceiro no futuro prévio que atraia investimento de capital privado para poder dar sequência nessa operação", declarou.
Com aproximadamente 19 mil m² de área construída, o Bioparque Pantanal conta com 33 tanques, sendo 23 internos e oito externos, além de um tanque de abastecimento e outro de descarte de efluentes, totalizando um volume de cinco milhões de litros de água, nas dependências do Parque das Nações Indígenas.
O equipamento, iniciado no governo de André Puccinelli (MDB) e finalizado no último ano de Azambuja como governador, levou cerca de 11 anos para ser concluído. O antigo nome, Aquário do Pantanal, dá espaço a ao reformulado "Bioparque Pantanal - Espaço de Experiência e Conhecimento", e promete ser atrativo de turistas.

Sob gastos com o projeto, Azambuja disse que sua gestão "respeitou" a anterior. "Eu disse já muitas vezes que eu não gastaria recursos com Aquário, mas com outra prioridades. Mas se o governador anterior tomou a decisão e nós respeitamos isso, o importante foi concluir a obra, por isso eu coloquei na mesma placa de inauguração o nome dele", declarou.

O iniciante da obra é lembrado na placa de inauguração do espaço e afirmou o turbilhão de emoções. "Uma obra emblemática, trás muitos sentimentos", declarou Puccinelli. "Eu ouso a dizer, que ao longo do tempo, essa obra grandiosa terá 1 milhão de turistas por ano a visitá-la e levando o nome de Mato Grosso do Sul para o mundo", discursou.
Para o presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur-MS), Bruno Wendling o novo equipamento é uma espécie de "atrativo âncora". "A gente redesenha a oferta turística do nosso Mato Grosso do Sul. É um equipamento maravilhoso, já estamos trabalhando com plano de visitação, inclusive, contratando equipe, para que o turista tenha uma experiência muito única aqui dentro", afirmou.
O presidente explica, ainda, que a troca de nome é decorrente da multiplicidade do espaço. "É espaço múltiplo: não é somente o aquário, é mais do que o aquário, por isso foi chamado de Bioparque. Tem a parte de conservação, estudos, pesquisas, vamos atrair escolas do Brasil todo e turistas de fora do país também", relata. Wendling conta, também, que a experiência de abertura à visitação está em fase de testes. "A gente abre aos poucos, vai testando, qualificando equipe, depois abre para o público final", explica.
Apesar de ser aberto para todo o país, o representante da Fundtur esclarece que, por pelo menos três meses, o Bioparque é destinado somente para a população sul-mato-grossense, justamente pelo período de testes. "Depois vamos abrir para o Brasil e fora do país também", esclarece.
As visitas funcionam mediante agendamento no site e com público entre 150 a 200 pessoas por período, com estimativa de 300 a 400 pessoas por dia no local.
O prefeito Marquinhos Trad (PSD) também compareceu ao evento inaugural e disse que espera a entrega total da obra para comentar benefícios a Campo Grande. "Hoje está sendo entregue 30% da obra. Vamos aguardar a entrega total dela. Como eu disse, o passado não é muito bom, esperamos que o futuro seja melhor", declarou.
Quem ficará responsável pelo local? - Conforme o governador, o Bioparque fica sob responsabilidade do Governo até final do ano, quando Azambuja deixa o cargo. "Nenhuma empresa deve assumir. Até 31 de dezembro a gestão é do Governo. Com a nossa equipe técnica que tem Imasul [Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul], que tem Secretaria de Governo, nós vamos compartilhar a gestão do Aquário", relatou Azambuja.
Biblioteca e mais serviços - Com a bancada multimídia e a Biblioteca disponíveis no primeiro piso, o visitante poderá também ampliar seus conhecimentos e pesquisas em diferentes temas de seu interesse. O Bioparque Pantanal também contará com a oferta de produtos e serviços nos restaurantes, lanchonetes e lojas de artesanato e souvenires que serão implantados ao longo do ano, visando complementar a experiência do visitante e proporcionar bem-estar durante a sua estada no ambiente.
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