Economia
Entrega do Relatório de Transparência Salarial pode ser feita até dia 30
Documento é obrigatório para empresas com mais de 100 funcionários
Segunda-feira, 26 Agosto de 2024 - 14:59 | Agência Brasil

Empresas brasileiras que empregam a partir de 100 funcionários tem até o próximo dia 30 para preencher o segundo Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios, disponível no portal Emprega Brasil, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A divulgação das informações é uma exigência da chamada Lei da Igualdade Salarial (Lei nº 14.611), de 2023, que estabelece a obrigatoriedade de homens e mulheres que executem uma mesma função ou trabalho de igual valor recebam o mesmo salário.
De posse das informações fornecidas pelas empresas, o MTE produz um relatório consolidado, que será disponibilizado até 16 de setembro para que as companhias reproduzam o conteúdo entre seus empregados e para o público em geral. A empresa que não dê publicidade aos resultados da consulta pode ser multada em até 3% de sua folha salarial, sem prejuízo das sanções aplicáveis aos casos de discriminação salarial previstos em lei.
Este será o segundo relatório elaborado este ano. Mais de 49,58 mil estabelecimentos responderam ao anterior, revelando que, de forma geral, as mulheres ganham 19,4% a menos do que os homens que exerçam as mesmas funções. Os resultados divulgados em março também apontam que só 32,6% das empresas que preencheram o documento têm políticas de incentivos à contratação de mulheres.
O valor é ainda menor quando se consideram grupos específicos de mulheres: negras (26,4%); com deficiência (23,3%); LBTQIAP+ (20,6%); chefes de família (22,4%); e vítimas de violência (5,4%). Já as empresas que adotam políticas de promoção de mulheres a cargos de direção ou gerência são 38,3%. O documento divulgado pelo MTE também mostrou que a remuneração média no Brasil é R$ 4.472, mas enquanto homens não negros recebem R$ 5.718 e mulheres não negras, R$ 4.452, homens negros ganham R$ 3.844 e mulheres negras, R$ 3.041.
Para a subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho do MTE, Paula Montagner, a tendência é que o diagnóstico se repita no próximo levantamento, principalmente no que diz respeito à diferença salarial entre gêneros.
“Ainda é cedo para falar em uma redução significativa da desigualdade salarial entre homens e mulheres. Precisamos mudar a cultura que perpetua a ideia de que as mulheres ganham menos e são as primeiras a serem demitidas”, afirma a subsecretária em nota divulgada pelo ministério.
Últimas Notícias
- Recuperação - 13:00 Acordo judicial garante recuperação de área degradada em Bonito
- Proteção das mulheres - 12:17 Projeto prevê suspensão automática de arma em casos de violência doméstica
- Direitos humanos - 11:18 Assassinatos de indígenas crescem em 2024 e chegam a 211, indica Cimi
- Economia - 11:17 Nova regra de distribuição eleva prêmio principal da Mega-Sena
- Arte - 10:51 Grafiteiros colorem as paredes da UFGD pelos 20 anos da instituição
- Assistência Social - 10:21 Família Acolhedora supera expectativa de inscritos em Dourados
- Gastronomia - 09:45 Festival da Mandioca movimenta turismo gastronômico em cidades de MS
- Nacional - 09:17 Projeto impede advogados e juízes parentes de atuar no mesmo tribunal
- Lisístrata - 08:00 Adaptação de comédia grega será apresentada em Três Lagoas no dia 8
- Economia - 07:50 Vagas na área de educação fazem o desemprego ser o menor já registrado