Embrapa no Showtec 2025: Inovações para enfrentar mudanças climáticas

O Showtec 2025, promovido pela Fundação MS, de 20 a 22 de maio, chega à sua 28ª edição consolidado como uma das principais vitrines tecnológicas do agronegócio no Brasil. As autoridades que falaram ao público na abertura do evento, em 20 de maio, destacaram o papel essencial da rede de instituições de pesquisa de Mato Grosso do Sul, entre elas, o governador do estado, Eduardo Riedel. “Agradecemos às fundações, institutos, universidades e à Embrapa por estarem conosco em nosso dia a dia. Toda essa rede de pesquisa e ensino faz a diferença no estado”. Para o presidente da Fundação MS, Daniel Franco Pereira, “a locomotiva da margem de lucro é sempre a produtividade, e só com informação e tecnologia a gente consegue chegar lá”.

Entre as instituições presentes na feira, está a Embrapa, que contou com a presença do chefe-geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Harley Nonato de Oliveira na composição da mesa de autoridades, e do chefe adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Gado de Corte, Luiz Orcirio Fialho de Oliveira (representando a chefia-geral). Nonato enfatizou que “mais uma vez fica evidente a importância das parcerias — como a que mantemos com a Fundação MS. Elas nos fortalecem e evidenciam o trabalho que vem sendo realizado pelo Estado, pela Embrapa e por todas as instituições, no esforço conjunto de mostrar o protagonismo de Mato Grosso do Sul e a força do nosso País na agropecuária e na agenda climática".

Durante os três dias de feira, a Embrapa apresenta tecnologias que têm como foco a resiliência dos sistemas produtivos e o enfrentamento das mudanças climáticas: consórcio milho safrinha com braquiária, software Guia Clima, sorgo granífero para produção de etanol, consórcio de gramínea com leguminosa, integração lavoura-pecuária-floresta, Sistema Antecipasto e Sistema Diamantino. Estão presentes este ano três Centros de Pesquisa: Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS), Embrapa Gado de Corte (Campo Grande, MS) e Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas, MG).

Em uma Jornada pelo Clima, juntamente com 146 ativos tecnológicos desenvolvidos por outras Unidades da instituição, quatro das soluções acima, desenvolvidas pela Embrapa Agropecuária Oeste e seus parceiros, estarão no estande da Embrapa na COP30 (Belém, PA): Consórcio Milho Safrinha com Braquiária, Guia Clima (aplicativo e website), Sistema Antecipasto e Sistema Diamantino.

Segundo o chefe-geral Nonato, duas dessas tecnologias já estão consolidadas: o Consórcio Milho Safrinha com Braquiária, com mais de 20 anos de experimentação, e o Guia Clima, plataforma lançada em 2013 e com estações instaladas em Dourados, Ivinhema, Rio Brilhante e, recentemente, em Naviraí.

As tecnologias mais recentes, o Sistema Antecipasto (2023) e o Sistema Diamantino (2024), reforçam o compromisso da Embrapa com a recuperação de áreas degradadas e a intensificação sustentável da produção. “A proposta é colocar as tecnologias certas nos lugares certos, sempre considerando a conservação do solo, a segurança alimentar e a permanência do produtor no campo”, destaca Nonato.

O Sistema Antecipasto já mostra resultados positivos em propriedades rurais, com relatos de produtores que conseguiram manter a alimentação do rebanho mesmo em períodos críticos de seca. Já o Sistema Diamantino trouxe impactos diretos na recuperação de áreas e na continuidade de produtores na atividade. “O testemunho de um produtor que pensava em abandonar a atividade e, com o Diamantino, conseguiu recuperar sua área e sua motivação, mostra o poder transformador dessas tecnologias”, complementa o chefe-geral.

Ele também ressalta a importância da agricultura como parte da solução para as mudanças climáticas. “A agricultura movida à ciência pode minimizar os efeitos das mudanças climáticas e contribuir para assegurar a produção de alimentos. As tecnologias da Embrapa favorecem a descarbonização dos sistemas produtivos e promovem a sustentabilidade com produtividade”, afirma Nonato.

Jornada pelo Clima - A Embrapa lidera a Jornada pelo Clima, iniciativa que visa debater e esclarecer os desafios e as soluções para uma agricultura de baixo carbono, inclusiva e resiliente à mudança do clima, nos diferentes biomas. A ação busca promover a ciência e as práticas sustentáveis no ano em que o Brasil sedia a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), em novembro, em Belém (PA).