Polícia
Mãe que enterrou filha viva é condenada 39 anos de prisão
Durante a sessão, foi lida cartas em que Gabrielly de 10 anos escrevia para a mãe, dizendo que a amava
Quarta-feira, 12 Janeiro de 2022 - 16:50 | Marina Romualdo

Emileide Magalhães foi condenada 39 anos, 8 meses e 4 dias em regime fechado por estrangular e enterrar a filha viva, Gabrielly Magalhães de 10 anos, em Brasilândia (MS). Ela responde por homicídio quadruplamente qualificado, ocultação de cadáver, comunicação falsa e corrupção de menores.

(Foto: Divulgação)
O júri popular foi realizado na manhã desta quarta-feira, 12 de Janeiro, no Fórum de Três Lagoas (MS). O crime ocorreu em Março de 2020 e, desde então, Emileide está presa. A criança foi morta após relatar abusos sexuais praticados pelo padrasto de 47 anos.
Na data, o júri foi administrado pelo juiz Dr. Rodrigo Pedrini Marcos que discorreu que a confissão não foi completa e que apenas assumiu a autoria do crime. Desta forma, Emileide não pode recorrer a liberdade.
De acordo com o juiz, acusada dificultou a defesa da vítima durante o crime premeditado. "A ré planejou o crime levando a filha para zona rural e a matou com frieza e, voltou para o local, várias vezes, para confirmar o óbito".
Em depoimento, a Emileide afirmou que amava sua filha e que não queria fazer o que fez com a pequena. Segundo ela, no dia do crime, tinha bebido e consumido drogas. Em outro momento, Emileide ainda relatou não saber sobre os abusos sexuais que a criança estaria sofrendo pelo seu ex-marido.
Além disso, acusada ameaçou o filho de 13 anos, irmão da vítima, para que ajudasse no dia do crime. O adolescente chegou a ser internado na Unidade Educacional de Internação (Unei) mas foi liberado dias depois.
Após a morta da criança, o padrasto também foi preso e condenado por estupro.
Durante a sessão, o juiz Rodrigo passou a ler cartinhas em que Gabrielly escrevia para a mãe, dizendo que a amava.

(Foto: Reprodução/Arquivo)
Relembre o crime – Na data do crime, a acusada procurou a Delegacia de Polícia Civil para registrar um Boletim de Ocorrência alegando o desaparecimento de Gabrielly. Mas, na mesma noite, a acusada entrou em contato com a Polícia Militar através do telefone 190 para confessar que havia matado a própria filha e informar que queria se entregar.
Com indicação da mãe, o corpo de Gabrielly foi localizado enterrado de cabeça para baixo, próximo do lixão da cidade. Ela afirmou ter agido sozinha. Mas, posteriormente, foi descoberto que a mulher teve ajuda do filho de 13 anos. Interrogado, o adolescente deu todos os detalhes do crime brutal e disse que foi obrigado pela mãe a participar.
Conforme o adolescente, a mãe derrubou a filha no chão e passou a enforcá-la com fio elétrico. A menina pedia socorro e implorava pela vida. Em seguida, a vítima foi enterrada em um buraco de cabeça para baixo e com os pés para fora. Ela ainda estava viva e se debatia.
Há relatos de que após sepultar a menina, a mulher foi tomar cerveja e voltou ao local do crime duas vezes para se certificar de que a garota estava morta.
O exame necroscópico apontou que a vítima apresentava várias lesões pelo corpo, indicando possível ocorrência de tortura. A causa da morte foi asfixia mecânica por compressão do tórax, compatível com o relato do adolescente.
Uma testemunha relatou à Polícia Civil que Gabrielly havia dito no final de 2019 que teria sido abusada sexualmente pelo padrasto. Ainda segundo a testemunha, a garota mencionou que não poderia revelar o fato aos professores ou à polícia por que tinha medo de represálias da mãe.
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