• Diretor de Redação Ulysses Serra Netto

Polícia

Indígenas estão sendo aliciados, diz Riedel sobre destruição em fazenda

Para governador, ação criminosa não tem a ver com questão indígena; ele quer urgência na apuração dos fatos

Segunda-feira, 27 Outubro de 2025 - 13:58 | Redação


Indígenas estão sendo aliciados, diz Riedel sobre destruição em fazenda
Grupo invadiu e incendiou imóvel rural, máquinas e plantações (Fotos: Prefeitura de Dourados e Dourados News)

O governador Eduardo Riedel (PP) comentou nesta segunda-feira, dia 27 de Outubro, a invasão e destruição na Fazenda Ipuitã, no município de Caarapó, ocorrida no sábado, 25. Para ele, os indígenas que ocuparam o local são, na verdade, um pequeno grupo que estaria sendo aliciado e financiado por terceiros.

Durante a ocupação, o grupo ateou fogo na sede do imóvel rural, nas máquinas e plantações. Os proprietários e trabalhadores foram expulsos do local. A Polícia Militar (PM) foi acionada e ainda atua na região como forma de garantir a segurança.

“A ação foi criminosa. Invadir uma propriedade privada, incendiar benfeitorias, levar animais vivos, incendiar maquinário, isso é uma ação criminosa. E em caso de ação criminosa, é a polícia que está tratando disso com muita veemência”, disse o governador ao cumprir agenda em Dourados, segundo relata o site de notícias local Dourados News.

O governador suspeita que um grupo indígena vem sendo financiado para manter essas ocupações na região. 

“O que aconteceu em Caarapó é de um pequeno grupo aliciado por interesses que não têm nada a ver com a questão indígena. E a polícia está investigando e eu pedi urgência nesse processo para apurar responsabilidades. Esse pequeno grupo atua, mas sob o comando de alguém, sob o financiamento de alguém, sob a orientação de alguém. E é esse ‘alguém’ que nós vamos atrás”, comentou.

Indígenas estão sendo aliciados, diz Riedel sobre destruição em fazenda
(Foto: Dourados News)

“A gente tem que tratar as coisas de maneira séria, tratar as coisas com responsabilidade e a ordem vai prevalecer nesse Estado, assim como ações pelas populações indígenas também. Estou tratando com o Governo Federal, o Ministério dos Povos Indígenas, tratando com o judiciário brasileiro para a gente buscar solução. Mas, não é desta maneira [ocupações] que nós vamos resolver qualquer problema que a gente tem”, complementou.

No domingo, 26, o governador já havia se manifestado em sua rede social, onde mencionou que é preciso separar invasores de comunidades indígenas tradicionais.

"Importante separar estes grupos criminosos da imensa maioria das comunidades indígenas, atendidas diariamente por políticas públicas efetivas, com fortalecimento da cultura, resolução de décadas de falta de água em Dourados, atendimento de demandas de segurança e educação, garantia de direitos e dignidade, e a busca de soluções que garantam a paz no campo."

Veja postagem completa abaixo:

Indígenas estão sendo aliciados, diz Riedel sobre destruição em fazenda
(Fotos: Reprodução/Rede Social)

O caso - O conflito envolvendo aproximadamente 50 pessoas que seriam indígenas mobilizou a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, após a ocupação da Fazenda Ipuitã, município de Caarapó no sábado, 25.

Segundo relatos, os manifestantes armados expulsaram trabalhadores e atearam fogo na sede, em maquinários e em áreas de plantação. Equipes da PM e do Corpo de Bombeiros foram acionadas para conter o incêndio e restabelecer a segurança. Ninguém ficou ferido.

Após a presença de policiais militares do DOF (Departamento de Operações de Fronteira) na região, o grupo recuou e deixou a propriedade na tarde de domingo. O caso segue sob investigação. 

Indígenas estão sendo aliciados, diz Riedel sobre destruição em fazenda
(Foto: Dourados News)

Situação tensa -  A situação na região é tensa desde o mês de setembro quando indígenas denunciavam estar sendo pressionados para deixar áreas de retomada. No dia 16 de Outubro,  indígenas Guarani e Kaiowá realizaram bloqueio na estrada vicinal que atravessa a Fazenda Ipuitã, para impedir arrendatários da fazenda de realizarem plantio e a pulverização de agrotóxicos.

O protesto deu origem a conflitos com a polícia na região. Conforme o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), a tentativa de plantio escancara a falha no acordo, das autoridades públicas junto aos representantes do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), para cessar a pulverização da área próxima da comunidade, como principal motivo da retomada. 

Saiba mais nas matérias abaixo que detalham a situação de conflito na região:

- Ataque da polícia em retomada Guarani e Kaiowá deixa nove feridos

 - Vídeo: Polícia e indígenas entram em conflito em área retomada 

SIGA-NOS NO Google News

Tudo Sobre:

  indigenas  investigacao  incendios  invasao