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Polícia

Família quer saber origem de ferimentos no empresário morto em cela

Família suspeita de negligência policial, questiona atendimento médico e pede apuração sobre o óbito de Antônio Trombini

Domingo, 04 Maio de 2025 - 09:00 | Verônica Anchieta


Família quer saber origem de ferimentos no empresário morto em cela
Sandra Roncatti e sua filha Vanessa Roncatti Trombini (Foto: Luiz Alberto)

A família do empresário e arquiteto Antônio Cesar Trombini clama por justiça após ele ter sido encontrado morto por um agente em uma das celas da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac Cepol), localizada no bairro Tiradentes, em Campo Grande (MS), na manhã desta sexta-feira (2).

Segundo a ex-esposa, Sandra Roncatti, houve negligência por parte da polícia desde o momento do acidente que levou à prisão de Antônio. Ela afirma que ele era idoso, possuía comorbidades e não foi encaminhado ao hospital após o ocorrido, mesmo apresentando um corte na testa e uma lesão no braço. “A equipe do Samu olhou apenas o braço e depois liberaram ele para a Cepol”, relatou.

Família quer saber origem de ferimentos no empresário morto em cela
O arquiteto Antônio Cesar Trombini (Foto: Divulgação)

Indignada, Sandra também levanta dúvidas sobre a origem dos ferimentos. “Gostaria de saber se o corte na testa foi causado na batida do carro ou se aconteceu já dentro da cela”, questionou.

Ela ainda apontou um possível conflito de interesses na abordagem: segundo Sandra, o filho de uma das vítimas envolvidas no acidente é policial civil em Ribas do Rio Pardo e teria sido o responsável por dar voz de prisão a Antônio. 

Família quer saber origem de ferimentos no empresário morto em cela
(Foto: Luiz Alberto)

“Ele deu voz de prisão, chegou a entrar na caminhonete, descaracterizando toda a cena do acidente. Conversei com meu advogado e sei que ele não poderia ter feito isso”, afirmou.

Diante dos acontecimentos, Sandra ressalta que, mais do que um caso de negligência, a forma como o empresário morreu representa também um ato desumano. “Nós vamos à Corregedoria e solicitaremos as imagens das câmeras de segurança para entender o que, de fato, aconteceu.” ressaltou. 

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