Execução no São Conrado foi por dívida de R$ 1 mil

Delegado Camilo Kettenhuber durante a conversa na 6ª DP (Foto: Luiz Alberto)

Irmãos de 31 e 25 anos, acusados de matar Júlio César da Silva, de 51 anos de idade, foram presos e confessaram o homicídio. O crime ocorreu no dia 19 de Março, no bairro São Conrado, em Campo Grande (MS).

A vítima foi morta com um tiro no pescoço dentro do veículo modelo Cobalt de cor prata. No carro, havia mais duas pessoas identificadas como Rodolfo Antonio Martins e Marciano Aparecido.

Nesta quarta-feira, 06 de Julho, a equipe do Diário Digital conversou com o delegado da Sexta Delegacia de Polícia de Campo Grande (6ª DP), Camilo Kettenhuber. Ele contou que a motivação do crime foi as ameaças que a mãe dos autores estavam recebendo. "As vítimas eram mascates e passavam pela região oferecendo produtos para vender. Em um dia, após os vendedores insistirem muito, a mãe dos acusados ficou com os objetos".

"Júlio e os outros homens diziam que depois de quatro meses voltariam para receber o dinheiro. Porém, ao retornar ao local, a mulher disse que não tinha conseguido vender e que não tinha o dinheiro. Desta forma, através de mensagens, ligações, ela começou ser ameaçada pela dívida de R$ 1 mil", relatou o delegado.

No dia do crime, ao ver a situação da mãe, os autores ligaram para Júlio e informaram que estavam com o dinheiro. Quando a vítima chegou na residência dos acusados, o mais velho sacou a arma e efetuou quatro disparos e, um deles, acertou a região do pescoço da vítima fatal.

Mesmo ferido, Júlio conseguiu dirigir por alguns metros, mas acabou batendo em um monte de areia e veio a óbito. Rodolfo e Marciano conseguiram sair do veículo e correr para pedir socorro.

Ainda de acordo com o delegado Camilo, para identificação dos autores foram realizadas investigações em conjunto com o Grupo de Operações e Investigações (GOI). O irmão mais velho – que possui diversas passagens pela polícia foi preso e, em seguida, o mais novo se apresentou à polícia com advogado.

A dupla está presa e irão responder pelo crime de homicídio qualificado pela impossibilidade de defesa da vítima, por motivo fútil e torpe e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.