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Polícia

Ex-guarda que matou ex-namorada e amigo é condenado a 44 anos de prisão

Réu matou Maxelline da Silva com tiro na cabeça por não aceitar o fim do relacionamento

Quinta-feira, 05 Maio de 2022 - 17:00 | Marina Romualdo


Ex-guarda que matou ex-namorada e amigo é condenado a 44 anos de prisão
Valtenir Pereira da Silva durante o julgamento (Foto: Luciano Muta)

Ex-guarda municipal Valtenir Pereira da Silva, de 36 anos, foi julgado pela 1ª Vara do Tribunal do Juri nesta quinta-feira, 05 de Maio, foi condenado a 44 anos e 4 meses pela morte da ex-namorada Maxelline da Silva dos Santos, 28 anos, e o amigo dela, Steferson Batista de Souza, de 32 anos, além da tentativa de homicídio da esposa de Steferson, Camila Teles Bispo, de 37 anos, em 29 de fevereiro de 2020.

O réu foi condenado a 21 anos de reclusão pelo feminicídio de Maxelline; 14 anos pelo homicídio de Steferson e pela tentativa de homicídio de Camila, a 9 anos e 4 meses. Valternir matou a ex-namorada por não aceitar o fim do relacionamento, que durou aproximadamente sete meses.

No dia do crime, a professora Maxelline estava em uma confraternização entre amigos na casa de Steferson e Camila no bairro Noroeste, quando o acusado chegou e ficou por cerca de 40 minutos conversando com a vítima, pois, queria levá-la embora.

Em depoimento, a sobrevivente Camila disse que não achava que Valtenir iria matar a amiga. "Mas aí, ele levantou a arma e eu senti um fogo na perna" relembra. O fogo em questão é referente ao tiro na lombar que atingiu Camila. Maxelline tentou impedir que o ex-namorado atirasse: segurou a mão do acusado e empurrou a arma para cima, disparo que, então, atingiu a testemunha.

O marido de Camila, Steferson, viu a esposa caída no chão e foi atingido com um tiro no tórax. A mulher disse que a filha dela, uma criança, de cinco anos, na época, assistia TV no quarto e foi até a frente da casa ao ouvir os tiros, deparando-se com a mãe baleada e Steferson sem vida. Camila foi até a porta da casa e a fechou, para que a criança não presenciasse por mais tempo a cena. Foi quando o terceiro tiro, que matou Maxelline, foi disparo.

Em denúncia, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) aponta que Maxelline entrou na frente para proteger a amiga, que correu para dentro da casa. Mesmo assim, Valtenir atirou atingindo a amiga da ex-namorada nas costas.

Na época, o acusado que era Guarda Civil Metropolitano, e não aceitava o fim do relacionamento. A vítima já havia denunciado o ex-companheiro na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) e tinha medida protetiva contra ele.

Valtenir está preso desde o dia 6 de Março, após uma força-tarefa da polícia, e aguardava o julgamento por feminicídio e descumprimento de medida protetiva. Além do homicídio de Steferson, qualificado por motivo torpe, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e tentativa de homicídio da amiga de Maxelline.

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