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Polícia

Detento enganava mulheres com vaga de emprego e as ameaçava

Vítimas eram chantageadas e ameaçadas para cometerem crimes

Quarta-feira, 15 Julho de 2020 - 18:03 | Redação


Detento enganava mulheres com vaga de emprego e as ameaçava
Polícia apreendeu arma e munições (Divulgação/PCMS)

Uma operação conjunta identificou, nesta quarta-feira (15) um detento de 41 anos que de dentro do Presídio de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, em Campo Grande, aplicava golpes em mulheres ofertando vagas de emprego. O criminoso tinha acesso aos dados das vítimas que depois elas eram ameaçadas para cometerem crimes.

Em investigações, a Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos), com apoio da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), do Núcleo de Operações Especiais e canil da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil de Anastácio verificou que o preso condenado por roubo a banco e associação criminosa, coordenava os golpes.

Do interior de uma cela, o detento anunciava na OLX  uma publicação falsa de oportunidade de vaga de emprego para mulheres com carro. No anúncio, ele afirmava se tratar de uma empresa do Mato Grosso, oferecendo salário fixo de R$ 2 mil mais despesas de combustível. As interessadas deveriam enviar currículo completo, inclusive com dados bancários. “De posse de tais dados, o suspeito ordenava as mulheres as práticas criminosas e com a recusa passava a exigir R$ 50 mil ou o carro, caso contrário seus comparsas iriam até o endereço declinado e assassinaria toda a família”, diz a nota oficial da Derf.

Em conjunto com a Agepen, a polícia passou a monitorar a rede de contatos do suspeito, descobrindo que seus comparsas eram duas mulheres e um jovem de 18 anos. Foi cumprido ordem de prisão preventiva contra suspeito.

Durante as buscas, os policiais apreenderam uma arma revolver calibre .22 e 77 munições. Ainda segundo a polícia, durante interrogatório, “o suspeito fez questão de demonstrar todo seu desprezo pelas mulheres, rindo quando informado do terror que causou e as tratando de frangas”.

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