Polícia
Depois de 6 anos, acusada muda versão e diz que matou marido para proteger filho
Mulher afirmou que aceitava separação, mas não que o filho fosse vítima de homofobia
Quinta-feira, 13 Abril de 2023 - 11:25 | Thays Schneider

Seis anos depois matar e ocultar o cadáver do marido, Givaldo Domingues, o ex-funcionário da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), a acusada Kátia Regina de Castro mudou a versão do crime. Sentada no banco dos réus nesta quinta-feira (13), alega que matou o marido para proteger o filho da homofobia do pai.
Ao relembrar o que passava com o marido, Kátia afirma que não matou o marido por não aceitar o fim do relacionamento. "Ele me pediu separação um mês antes de ser morto, alegando que já tinha outra pessoa. Eu aceitei, falei ‘procura a justiça e vamos nos acertar’, mas ele continuou morando na mesma casa que eu e meu filho, e as brigas por causa do meu filho foram se estendendo. Ele sempre disse interna esse menino ou coloca para fora de casa e que não fez filho gay", relembrou.

Na semana do crime, segundo a réu, o marido havia questionando a mesma se ela já sabia o que faria com filho do casal que era gay. “Ou você interna ou manda sair de casa. Meus amigos estão fazendo piadas comigo por ter um filho homossexual”, teria dito Givaldo. "Não aguentei as provações. Ele veio para cima de mim desferindo socos e comecei a esfaqueá-lo", afirma Kátia
Depois de matar Givaldo a facadas, pegou um plastico e colocou no banco de trás do carro, depois o corpo e seguiu sem rumo. " Nunca havia pegado a rodovia BR e fui indo sem rumo, quando joguei o o corpo na saída para Sidrolândia. Vim embora para casa".

Um dia após o crime a suspeita foi comemorar o aniversário na casa da mãe de Givaldo. Só depois de dois dias da morte, foi registrar boletim de ocorrência relatando o desaparecimento do marido.
TESTEMUNHAS:
A primeira testemunha a ser ouvida seis anos depois do crime foi Luan Castro Domingues da Silva, de 21 anos, filho do casal. Em depoimento, afirmou que o pai não aceitava a sexualidade dele. “Meu pai não aceitava que eu sou gay. Ele me ameaçava de morte sempre. Dizia que ‘filho meu não nasceu pra ser gay. Filho meu é homem’. Meu pai queria me levar no médico para me fazer virar homem”, conta.

No dia do crime, explica que chegou em casa e encontrou a mãe estranha. Dois dias depois, em 08 de maio do mesmo ano, Kátia foi até a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Piratininga e registrou o desaparecimento do marido. “Só depois ela me contou que matou meu pai porque ele não me aceitava”, relembra.
Uma amiga da vítima, Vanessa Álvares também foi ouvida hoje. Ela contou que Givaldo não gostava que andasse junto ao filho dele, porque afirmava que Vanessa, por ser uma mulher transgênero, seria uma ‘má influência’. “Fui ‘amassada’ pelo Givaldo na rua. Ele disse que era má companhia para o filho dele, que iria me bater e me matar por que eu era gay. Eu presenciei ele falando que não aceitava o filho ser gay”, informa.
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