Interior
Rede de festa clandestina tenta driblar polícia pelas mídias sociais
Convite do evento ficou disponível, mas a única informação restrita foi o local
Domingo, 28 Março de 2021 - 15:50 | Thiago Brites

Organizadores de festas clandestinas têm tentado driblar a fiscalização das autoridades de saúde e de segurança pública graças às redes sociais e a uma estrutura cada vez mais elaborada para manter secreto o local do evento, segundo reportagem publicada neste domingo, 28, pelo site de notícias Dourados Agora.
O modus operandi é sempre o mesmo. O evento costuma ser divulgado de maneira online. O convite fica disponível para visualização de qualquer um no Instagram e no Facebook ou em grupos de Whatssapp, com data, horário, valor do ingresso e quem vai fazer a animação. A única informação restrita é o local, divulgado apenas horas antes.
Em Dourados, a Guarda Municipal já flagrou 376 pontos de aglomeração somente esse ano. São situações como bares e restaurantes funcionando de forma irregular além de festas em residências e grandes eventos. Somente nessa última situação foram 20 casos registrados esse ano.
No último final de semana a Guarda Municipal e a Polícia Militar prenderam 13 pessoas, que vão responder criminalmente por terem realizado a festa clandestina, que envolveu dezenas de jovens, no bairro Residencial Monte Carlo.
Apesar da Covid-19 avançar, os abusos persistem. No mês passado, época de carvanal, uma força-tarefa entre a Guarda Municipal, Polícia Militar (3º BPM e 9 ª CIA), Polícia Civil, Agetran, Fiscais do Juizado da Infância e Juventude e Conselho Tutelar, terminou com a prisão de 90 pessoas que se aglomeravam numa festa de rua no bairro Greenville, em Dourados. Um dia antes no bairro Monte Sião, 60 pessoas acabaram na delegacia. No local, ainda havia 16 adolescentes.
Na Vara da Infância a fiscalização também está de "olho" nos infratores. O coordenador da fiscalização, Marco Cerveira, explica que tem feito um trabalho redobrado para identificar os eventos clandestinos e impedir que eles aconteçam. Segundo ele, geralmente essas festas são organizadas pelo público jovem que utiliza grupos de Whatssap para fazer a divulgação. As equipes da Vara passam a monitorar e ao descobrir o local acionam a Guarda Municipal e a Polícia Militar.
Nesse caso a fiscalização tem por objetivo a proteção de menores e leva em conta o artigo 243 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Na íntegra, o texto diz: "Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a criança ou a adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica: (Redação dada pela Lei nº 13.106, de 2015) A pena é detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave. (Redação dada pela Lei nº 13.106, de 2015)". Conforme Marco Cerveira, os adolescentes são separados dos demais, é feita uma entrevista para saber se houve o consumo de bebida alcoólica e o evento é encerrado.
Ao identificar festas clandestinas o cidadão pode denunciar acionando o telefone da Guarda Municipal (199) e o da Polícia Militar (190).
Fonte: Dourados Agora
Últimas Notícias
- Brics - 18:35 Brics terá reunião de Conselho Popular no Rio de Janeiro
- Encontro - 18:10 Governo de MS promove 1º Encontro da Rede de Gestão Estratégica
- Ataques - 17:50 Secretaria da Mulher aciona corregedoria após novos insultos a Marina
- "UFC Campão" - 17:45 Lutas clandestinas na Capital são investigadas
- Política - 17:30 'Segura o André!': Sessão na Câmara tem gritos e confusão; veja vídeo
- Com cinco rajadas - 17:00 Jovem é executado a tiros de munição restrita
- Polícia Rodoviária Federal - 16:50 Carga de prata é apreendida sem documentação
- Concurso Público Nacional Unificado - 16:30 CNU 2025 tem mais de 100 mil inscritos em menos de 24 horas
- Doenças respiratórias - 16:10 Pesquisa aponta alta de internação por doenças respiratórias de não-vacinados
- Política - 16:00 LDO da Capital é aprovada com 275 emendas dos vereadores