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Taxista encontrado morto pensava em deixar a profissão
Segunda-feira, 27 Abril de 2020 - 16:45 | Redação
Durante o velório curto por conta da pandemia do novo coronavírus, na manhã desta segunda-feira (27), o irmão do taxista Luciano Barbosa, de 44 anos, assassinado com um tiro na cabeça após o roubo de seu veículo revelou que a vítima pensava em deixar de ser motorista por conta das dificuldades e o risco da profissão.
Um homem honesto, dedicado ao trabalho e a família, foi assim que familiares e amigos descreveram o taxista encontrado morto neste domingo (26) em matagal às margens da BR-262, próximo ao Núcleo Industrial, em Campo Grande.
“Ele não desligava nunca o telefone, ficava muito no celular e por volta da uma hora da manhã nossa irmã acordou e tentou ligar para ele que não atendeu. Foi neste momento que ela percebeu que havia algo errado”, contou o irmão do taxista, Lucas Barbosa, de 36 anos.
A família procurou a polícia para denunciar o desaparecimento de Luciano, registrado durante a madruga de domingo, sem imaginar que ele já estava morto.
“Ele esteve na semana passada na minha casa dizendo que estava muito difícil e só não iria desistir por tinha comprado um carro novo e precisava do dinheiro para pagar as contas, mas sempre pensando em deixar a profissão porque se tornou muito perigoso e mal dava para sustentar a família”, lembra Lucas dos últimos momentos que teve com o irmão.
Luciano atuava há cerca de 20 anos no ramo e há poucos meses havia comprado um carro novo para trabalhar. Um sonho compartilhado com o pai de 70 anos que também é motorista de taxi.
Questionado sobre o futuro do pai, o irmão afirmou que “está na hora dele parar pela idade, os riscos, mas vamos entregar nas mãos de Deus. Meu irmão era uma pessoa reservada, buscava a Deus, não bebia, muito preocupado com a filha de 16 anos, minha mãe e tinha que trabalhar, não tinha outra solução”.
Investigação – O caso está sendo investigado pelo Defurv (Delegacia Especializada de Repressão à Furtos e Roubos de Veículos). A Polícia está refazendo o trajeto feito pelo taxista desde o momento da última corrida até ele ser vítima de latrocínio. Com imagens de câmeras de segurança e ouvindo testemunhas. Mas até o momento nenhum suspeito foi preso.
O caso - Luciano foi chamado para uma corrida no Shopping Campo Grande, às 23h30 e às 24h05 o aplicativo do carro foi desligado. Logo a família suspeitou e às 3h52 a irmã mais velha registrou Boletim de Ocorrência do desaparecimento.
Na última conversa com a família, Luciano chegou a avisar que havia um chamado de uma corrida “suspeita”, com destino ao Jardim Carioca.
O veículo Virtus da vítima e o corpo foram encontrados por volta das 10h30 em regiões cerca de 15 quilômetros distantes. O Virtus estava sem pneus na Bairro Santa Emília.
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