Geral
Seminário discute implantação de Práticas Integrativas no SUS
Quarta-feira, 20 Fevereiro de 2019 - 16:17 | Redação
Imagine a possibilidade de um paciente do SUS (Sistema Único de Saúde) ter o auxílio de atividades terapêuticas e, por meio delas, reduzir significativamente o uso de medicamentos alopáticos, além de potencializar os resultados dos tratamentos de saúde?
Neste dia 22 de fevereiro, a Câmara Municipal de Campo Grande realizará o Seminário “Práticas Integrativas e Complementares no SUS: estratégias para seguir avançando”. O objetivo será aprofundar um tema com potencial para gerar um grande benefício à população de Campo Grande, que é a implantação destas políticas na rede pública de saúde.
O vereador Dr. Lívio, que articulou junto à Mesa Diretora da Câmara a realização do Seminário, esclarece que “apesar do Ministério da Saúde já reconhecer 29 práticas integrativas e complementares, o município precisa ter uma normativa própria, até mesmo para que possa contratar os profissionais especializados”. Ele complementa que “as práticas integrativas raramente são disponibilizadas aos usuários do SUS e os benefícios que elas podem proporcionar são inquestionáveis, pois podem contribuir muito no tratamento, na fase clínica, reduzindo o uso de medicação, dentre outros benefícios”.
Para se ter uma ideia da abrangência do tema, basta conferir a lista de práticas já reconhecidas pelo SUS: Apiterapia, Aromaterapia, Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Bioenergética, Constelação Familiar, Cromoterapia, Dança circular, Geoterapia, Hipnoterapia, Homeopatia, Imposição de mãos, Medicina antroposófica/antroposofia aplicada à saúde, Medicina Tradicional Chinesa – acupuntura, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Ozonioterapia, Plantas medicinais – fitoterapia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa, Terapia de florais, Termalismo social/crenoterapia e Yoga.
Apesar do reconhecimento da importância destas práticas, o município de Campo Grande oferta poucas delas na rede pública de saúde, sendo que atividades como Biodança e Arteterapia encontram-se hoje associadas às ações do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e aos Centros de Atendimento Psicossocial (CAPS).
Cidades como Rio de Janeiro e Brasília, por exemplo, apresentam normativas locais que reconhecem não apenas as 29 práticas validadas pelo SUS, mas incluem em seu plano de atendimento municipal a Capoterapia, inserida e reconhecida como Prática Integrativa por meio de Legislação Municipal/Distrital. A relevância desta prática, desenvolvida de forma voluntária em algumas unidades de saúde do Município de Campo Grande, resultou na inclusão do tema na programação do Seminário.
A programação começará às 8h e vai até às 17 horas, com palestras, apresentações culturais, exposição de painéis, mesa redonda e demonstrações ao vivo de algumas práticas.
Confira os temas das palestras:
* Arteterapia no âmbito dos CAPS – Profª Dra. Lara Nassar Scalise
* Capoterapia como fator de saúde e bem-estar – Mestre Poeta
* Homeopatia e o Médico do Futuro – Dr. Darcy Ribeiro
* As práticas integrativas e complementares na humanização da saúde – Dr. Décio Iandoli Junior
A programação completa pode ser conferida no link de inscrição online: bit.ly/2DG79kd Podem participar profissionais e acadêmicos das áreas de saúde, integrantes de entidades e grupos sociais que atuam com as diferentes práticas integrativas e complementares no âmbito do SUS ou que tenham interesse em estender suas atuações para alcançar os usuários do SUS em Campo Grande.
Práticas Integrativas no Brasil
Em 2006, o Ministério da Saúde reconheceu a importância de atividades que auxiliam ou mesmo atuam como complemento em tratamentos de saúde por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas do SUS, o tratamento clínico e medicamentoso passou a ser auxiliado por atividades terapêuticas, reduzindo o uso de medicamentos alopáticos, e promovendo melhores resultados no complemento a tratamentos de saúde.
No primeiro momento foram reconhecidas 19 atividades terapêuticas e em agosto de 2018, o Ministério da Saúde reconheceu mais 10 práticas que passaram a incluir a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, sendo atualmente reconhecidas o total de 29 diferentes atividades.
Serviço:
Seminário Práticas Integrativas e Complementares no SUS: estratégias para seguir avançando.
Data: 22/02/2019, das 8h às 17h
Local: Auditório Oliva Enciso – Câmara Municipal de Campo Grande, MS. Avenida Ricardo Brandão, 1.600 - Jatiuka Park.
Inscrições gratuitas pelo link bit.ly/2DG79kd
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