Reunião na Bolívia tenta definir solução para Censo Demográfico

Em Cochabamba, na Bolívia, ocorre a "Reunião Plurinacional do Censo em Consenso", com participação de governadores, prefeitos, autoridades indígenas e regionais e reitores de universidades. A reunião não é transmitida pela televisão estatal e é realizada a portas fechadas, sem horário para acabar, nesta sexta-feira, 28 de Novembro. 

A fronteira da Bolívia com Corumbá (MS) continua fechada para o tráfego de veículos. Apenas é permitida a passagem a pé na linha internacional entre os dois países. O movimento exige a realização do Censo Demográfico até junho de 2023 e não em 2024, como anunciou o governo.

No setor de exportações e importações, o valor diário de mercadorias que saem do Brasil para a Bolívia é de 41 milhões de reais e o de mercadoria que sai da Bolívia com destino ao Brasil é de R$ 4 milhões. O fechamento da fronteira está provocando uma perda de 45 milhões de reais aos dois países diariamente, de acordo com dados da Receita Federal. O movimento no comércio exterior chega a 2 bilhões no ano.

O reitor da Universidade Autônoma Gabriel René Moreno (Uagrm), Vicente Cuéllar, salientou que o presidente Luis Arce tem a oportunidade de pacificar o país se finalmente decidir neste encontro que o Censo Nacional de População e Habitação será realizado em 2023.

Cuéllar lembrou que foi o Governo que reiterou em várias ocasiões que o Censo poderia ser realizado em 2022, de modo que o conflito desencadeado no país não foi causado pelo Comitê Interinstitucional, mas pelas autoridades que não cumpriram seu compromisso. 

(Com informações de Diário Corumbaense)