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Prefeita assegura: Obra da Ernesto Geisel paralisada há 30 anos será concluída em 6 meses

Comerciantes relatam prejuízos e prefeita afirma: “Para fazer uma omelete, é preciso quebrar os ovos e logo se recuperam

Quinta-feira, 31 Julho de 2025 - 10:55 | Veronica Anchieta e Emanuelly Lobo


Prefeita assegura: Obra da Ernesto Geisel paralisada há 30 anos será concluída em 6 meses
Obra inclui a construção de um muro de Gabião, a urbanização das laterais do córrego e o recapeamento da pista (Foto: Luciano Muta)

Nesta quinta-feira (31), a Comissão de Obras e Serviços Públicos da Câmara Municipal de Campo Grande realizou uma visita técnica às obras de contenção de erosões às margens do córrego Anhanduizinho, na Avenida Ernesto Geisel.

A vistoria contou com a presença do secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Marcelo Miglioli, e da prefeita Adriane Lopes (PP), que compartilharam com os vereadores informações sobre o andamento dos trabalhos.

O vereador Papy (PSDB), atual presidente da Câmara Municipal, destacou que a fiscalização é parte essencial de seu papel.“Estar no local, avaliar a situação e prestar esclarecimentos à população é uma forma de entender o que está acontecendo e buscar soluções.”

Ele também ressaltou que, apesar das dificuldades enfrentadas não só em Campo Grande, mas em todo o país, a Câmara tem contribuído de forma significativa. “Temos atuado como ponte com a bancada federal, levando as demandas do município a todos aqueles que podem colaborar com nossa cidade," relatou. 

Vereador Papy (PSDB), atual presidente da Câmara Municipal (Foto: Luciano Muta)

A Prefeita Adriane Lopes (PP) destacou que, mais importante do que iniciar novas obras é concluir aquelas que já foram iniciadas. “Um exemplo é a obra de contenção às margens do córrego Anhanduizinho, que estava paralisada há mais de 32 anos e agora tem previsão de entrega para fevereiro de 2026”, ressaltou Adriane. 

Segundo ela, os trabalhos estão adiantados, com 65% da obra já concluída, e a meta é finalizar, em até seis meses, o trecho que vai da Rua Bonsucesso até a Rua Abolição. A intervenção, que busca antecipar o período das chuvas, representa um investimento de R$ 20,9 milhões.

Durante a visita, a prefeita convidou o presidente da Câmara Municipal e os vereadores a conhecerem também as obras do Belas Artes, que estavam paradas há mais de 30 anos. Ela enfatizou que o foco de sua gestão é realizar entregas que melhorem a qualidade de vida da população e contribuam para uma Campo Grande melhor. "Nosso maior desafio é tirar do papel o que estava esquecido e transformar em benefício real para as pessoas", afirmou.

Já os empresários da região relataram prejuízos de até 50% no faturamento em razão das obras, mas reconheceram a importância da intervenção. A prefeita explicou que, em obras desse porte, não há como manter as vias totalmente abertas. “A antecipação dos serviços foi justamente para reduzir os impactos no comércio local. Infelizmente, não há como evitar completamente os transtornos. É como fazer uma omelete, precisamos quebrar os ovos”, comparou.

Obra será concluída em 6 meses
Prefeita Adriane Lopes (PP) (Foto: Luciano Muta)

Ao final, reforçou a confiança no projeto e na conclusão da obra. “Temos a convicção de que, após a entrega, a região será valorizada e o comércio terá a chance de se recuperar e crescer ainda mais.”

O Secretário Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Marcelo Miglioli, destacou que, apesar das dificuldades enfrentadas com o processo de licitação e a complexidade da obra, os trabalhos estão sendo bem conduzidos e apresentam bom avanço. A expectativa, segundo ele, é concluir a intervenção antes do próximo período de chuvas, justamente para evitar que as precipitações prejudiquem o andamento da obra.

“A obra inclui a construção de um muro de Gabião, a urbanização das laterais do córrego e o recapeamento da pista, garantindo assim uma entrega completa à população”, esclareceu Marcelo Miglioli.

Secretário Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) Marcelo Miglioli (Foto: Luciano Muta)

Além de falar sobre as obras inacabadas, o secretário também ressaltou que não é possível resolver um problema acumulado ao longo de 40 anos em apenas três.“Uma obra desse porte depende de três pilares: planejamento, execução e recursos”, afirmou.

 

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