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'Não pode ter medo de denunciar'
Quarta-feira, 03 Junho de 2020 - 10:00 | Redação
O 1º de junho foi instituído como o Dia Estadual ao Combate ao Feminicídio. Um crime que na maioria das vezes começa com a violência doméstica. Nossa equipe de reportagem foi até as ruas de Campo Grande ouvir a opinião das mulheres sobre essa dura realidade. Não foi difícil encontrar uma vítima. A maioria das mulheres entrevistadas já sofreu algum tipo de volência doméstica ou presenciou algum ato de agressão a namoradas e esposas.
O Brasil é quinto país com mais casos de feminicídio no mundo. Em 2019 foram 30 registros de mortes de mulheres dessa natureza no Mato Grosso do Sul. Já este ano o número chega a 15 ocorrências. São vítimas que perderam a vida peloa simples fato de serem mulheres. Seus algozes são maridos, namorados ou ex-companheiros que na maioria das vezes não aceitam o fim de um relacionamento.
Na rua 14 de Julho encontramos um relato. Com histórico de agressão, a auxiliar de serviços gerais de 32 anos, resolveu denunciar o ex-companheiro. O ciclo começou com xingamentos e humilhação. Ela, que prefere não se identificar, conta que depois começou a ser agredida fisicamente. Após a formalização da denúncia ele foi preso e condenado. “Me sentia sozinha e mal emocionalmente. Não conheci direito meu parceiro e acabei me envolvendo. Quando percebei estava sofrendo violência psicológica, resolvi denunciar e acabar com esse sofrimento”, relata. Ela conta que atualmente o ex já saiu da prisão após cumprir a condenação.
Algumas mulheres acreditam que as leis contra a violência doméstica tem falhas. Na opinião de Cleide Lopes, de 40 anos, a Justiça não é eficiente. "Várias mulheres foram assassinadas mesmo com medidas protetivas. Isso só prova que os homens não tem medo de um simples papel que não impede que eles de se aproximarem das vítimas", ressalta.
Com apenas 19 anos a jovem Gabriela Miranda revela ter sofrido um relacionamento abusivo quando ainda era adolescente. Aos 15 anos ela se envolveu com um menino que a proibia de vestir roupas curtas ou decotadas. Foi na escola que a jovem percebeu que estava sofrendo com a violência e resolveu romper o ciclo terminando o namoro de 8 meses.
A educação pode ser o primeiro instrumento contra esse tipo de violência. A mulher tem que começar em casa ensinando os filhos que essa conduta não é correta. Um pesquisa realizada por meio de parceria entre a Delegacia-Geral da Polícia Civil e Subsecretaria de Políticas Públicas para Mulheres, mostra que 77% das mortes ocorreram naquele local onde as mulheres deveriam estar mais seguras: na sua residência. A maioria dos crimes cometidos pelos companheiros tem como causa o ciúmes ou o simples fato que o agressor não aceita o fim do relacionamento.
Como denunciar:
O boletim de ocorrência pode ser registrado online a ferramenta está disponível na delegacia virtual, que pode ser acessada pelo site oficial da corporação (www.pc.ms.gov.br). Ao entrar o site, do lado esquerdo haverá o botão com o nome “B.O Online Delegacia Virtual”. Basta clicar e depois acessar o ícone “Registrar Denúncia”. A vítimas também podem ligar para o 190 em caso de emergência, e também para o disk denúncia 180
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