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“Não matei porque eu quis”, alegou homem condenado a 20 anos de prisão
Quarta-feira, 05 Fevereiro de 2020 - 17:39 | Redação
20 anos e dois meses de prisão, esta foi a sentença proferida pelo juiz na sessão do Tribunal do Júri, na tarde desta quarta-feira (5), no Fórum de Campo Grande, para Geronilson Souza do Nascimento, de 24 anos. Acusado de matar a marteladas o mecânico Belarmino Barbosa de Souza, de 58 anos. Os jurados aceitaram as duas qualificadoras do homicídio, por motivo cruel e meio que dificultou a defesa da vítima. Além dos crimes de furto e ocultação de cadáver.
A qualificadora de motivo fútil que constava na acusação do Ministério Público não foi acatada pelos jurados. Com o coração apreensivo, a filha da vítima, Juliane Gomes Garcia Souza, de 25 anos, acompanhou o julgamento. “Realmente não era o que eu queria, não era o resultado que eu buscava. É lamentável, porém reconheço que a pena foi boa, mas desqualificaram o motivo fútil e isso é inaceitável”, disse a jovem logo após o resultado da sentença.
Belarmino foi morto cinco meses antes do casamento da filha e pouco antes do nascimento da neta. Emocionada, ela afirmou que a espera de quase um ano e três meses pelo julgamento foi muito difícil.
A família contesta os depoimentos de Geronilson e gostaria que o crime fosse reclassificado como latrocínio – crime com a pena mais alta do Código Penal Brasileiro, porque depois de matar a vítima, o condenado fugiu com o carro e pertences de Belarmino.
No dia 13 de novembro do ano passado, o julgamento de Geronilson foi anulado pelo juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri depois que o Ministério Público tentou reclassificar o crime como latrocínio.
No julgamento de hoje (5), a Defensoria Pública questionou a designação do promotor de Camapuã, Douglas Silva Teixeira, que não é o natural, para o caso e manteve a tese de legítima defesa, na tentativa de anular as qualificadoras do homicídio.
O caso - Geronilson e a vítima eram amigos. Belarmino chegou a oferecer abrigo para o acusado que meses depois, morando com ele, se envolveu com a ex-mulher do mecânico, o que gerou um desentendimento entre eles.
No dia 24 de novembro de 2018, Belarmino foi morto com oito marteladas na cabeça, no quarto dele, em sua casa no Bairro Jardim Panamá. O corpo da vítima foi encontrado próximo a Aquidauna (MS), amarrado e enrolado em cobertores.
Na época, o acusado foi preso em flagrante, mas teve a prisão convertida em preventiva e aguardava o julgamento em regime fechado. Geronilson usou o próprio carro da vítima para fugir. Com o corpo de Belarmino no banco de trás, ele parou para visitar o filho a caminho de Aquidauana. Em seguida, continuou viagem e pouco antes de chegar no município, jogou o corpo em um matagal num assentamento.
Em Aquidauana, Geronilson pegou o cartão da vítima que estava com a senha e tirou um extrato no banco para ver se tinha dinheiro na conta.
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