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Morte de jovem em baile funk ainda é mistério
Segunda-feira, 01 Abril de 2019 - 17:29 | Redação
Após um ano e dez meses do acontecimento do crime, foi realizada na tarde desta segunda-feira (01) a 2ª audiência sobre o homicídio de um jovem de 17 anos que foi morto enquanto participava de um baile funk. O apontado como responsável pelo disparo que acertou a nuca do menino é um policial militar que responde ao delito em liberdade. Familiares da vítima fazem questão de participar da apuração do caso e nesta tarde estiveram mais uma vez no Fórum clamando por justiça.
Advogado de acusação de Gesus Fernandes de Oliveira, Victor Fujimoto explica que nenhuma arma de fogo foi encontrada próximo ao corpo da vítima e que no resultado do exame de corpo de delito não foram detectados vestígios de pólvora na mão do jovem Luiz Junior Souza, morto no dia 10 de junho em uma festa no Jardim Monte Alegre, em Campo Grande. Acusado de homicídio qualificado por impossibilidade de defesa da vítima, caso seja condenado o policial militar pode pegar de 12 a 30 anos de detenção.
O advogado de defesa, Amilton Ferreira de Almeida argumenta que Gesus Fernandes agiu em legítima defesa por estrito cumprimento do dever legal, já que a vítima teria realizado disparos dentro do estabelecimento. Amilton não confirma se seu cliente trabalhava como segurança no dia do crime ou se apenas frequentava o local, nega que Gesus colocou uma touca ninja após os disparos e confirma que o PM é réu confesso e foi o autor do tiro que acertou Luiz Junior.
Kátia Andrea Rodrigues Bastos, de 44 anos, é mãe da vítima e nega que Luiz Junior portasse algum tipo de arma de fogo, segundo ela o filho era um menino tranquilo, trabalhador e que não frequentava locais como a Chácara República regularmente. Atualmente Kátia não confia no poder de proteção da polícia e torce para que o acusado da morte do filho seja expulso da Polícia Militar “uma pessoa dessa não pode estar usando farda para proteger e ao invés disso tirar a vida das pessoas né?!” afirma a mãe que ainda exclama que “quem deve não teme. Se meu filho fosse um bandido não estaríamos aqui colocando a cara a tapa por ele” encerrou saudosa.
Nesta segunda foram ouvidas quatro testemunhas de defesa e uma de acusação, os depoimentos prestados foram bastante controversos, mas todos confirmaram que foram realizados mais de um disparo durante a confusão.
Um vigilante, que era uma das testemunhas de defesa, afirmou que trabalhava no local no dia do homicídio e que em dado momento da noite três rapazes saíram da chácara e voltaram querendo entrar, o que não foi permitido. Logo depois outros sete homens saíram do estabelecimento e a confusão se iniciou.
Gesus foi apontado como frequentador do lugar por uma das testemunhas que ainda afirmou nunca ter visto o homem trabalhando como segurança no local, outra informação que está confusa é se os disparos aconteceram dentro ou fora da casa de shows. O réu não prestou depoimento nesta tarde já que duas testemunhas faltaram à audiêndcia, próxima sessão será realizada no mês de maio.
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