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Justiça quebra sigilo bancário e bloqueia bens de Longen

Quarta-feira, 20 Fevereiro de 2019 - 14:37 | Redação


O juiz federal Cesar Arthur Cavalcanti de Carvalho, substituto na 4ª Vara da Justiça Federal do Recife (Pernambuco) determinou quebra do sigilo bancário e bloqueio de bens do presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems) Sérgio Longen. Ele é um dos investigados na Operação Fantoche, da Polícia Federal (PF), que apura fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de dinheiro no Sistema S.

Além de Longen, outras 35 pessoas físicas e jurídicas também tiveram o sigilo bancário quebrado. Já o total de pessoas que tiveram os bens bloqueados chega a 24 no valor de R$ 400 milhões, que seria o prejuízo causado pela organização criminosa, segundo cálculos da PF. Por meio da assessoria de imprensa, a Fiems informou que não haverá manifestações sobre a decisão judicial.

Na manhã desta terça-feira, 20 de fevereiro, a Polícia Federal fez buscas no prédio da Fiems, no bairro Amambaí, e em um antigo endereço de Longen no bairro Royal Park. No período da tarde, Longen concedeu entrevista coletiva na qual negou ser participantes de irregularidades. Segundo ele, todos os projetos realizados pela Fiems e que são alvos das investigações foram executados com lisura, na totalidade e sem desvio de verbas.

Operação Fantoche - A operação foi desencadeada nacionalmente e prendeu 10 pessoas, entre as quais o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade. As prisões foram autorizadas pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Pernambuco. A investigação mira convênios de entidades privadas com o Sistema S.

De acordo com a PF, o grupo criminoso atua desde 2002 e pode ter movimentado mais de R$ 400 milhões. O dinheiro era movimentado por meio de contratos e convênios que entidades de direito privado, sem fins lucrativos, assinavam com o Ministério do Turismo e com unidades do Sistema S. A maior parte dos contratos previa a execução de eventos culturais e de publicidade.

Porém, segundo a PF, eram superfaturados e não eram integralmente executados. Os valores eram desviados para empresas controladas por uma família, que articulava o esquema.

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