Geral
Juíza utiliza depoimento especial para ouvir idosa
Terça-feira, 05 Fevereiro de 2019 - 18:51 | Redação
Pela primeira vez, a juíza Katy Braun do Prado, titular da Vara da Infância, da Adolescência e do Idoso de Campo Grande, utilizou a técnica de depoimento especial para ouvir uma idosa, apontada como vítima de maus tratos em uma ação judicial.
A idosa, de mais de 80 anos, fez o relato diretamente para a magistrada na sala reservada da Central de Depoimento Especial do Fórum de Campo Grande, local em cujo depoimento é transmitido ao vivo para outro sala na Central, onde estavam advogados, defensores, representante do Ministério Público, além dos familiares.
De acordo com a juíza, o depoimento especial foi criado e pensado para o atendimento humanizado de crianças e adolescentes e, excepcionalmente, para pessoas entre 18 e 21 anos, no entanto, nesse caso, tratava-se de senhora idosa, em um caso onde havia muita discórdia entre os filhos.
"Imaginei que se ela fosse ouvida na presença dos filhos ficaria constrangida para falar o que desejasse e, até mesmo, pudesse sofrer algum mal-estar. Então, pensamos que separadamente a idosa teria mais liberdade", explicou.
A própria juíza conduziu a oitiva, aplicando as técnicas do depoimento especial em todas as etapas. Sobre a experiência, Katy Braun relatou que é um pouco diferente do trabalho direcionado às crianças, que exige muito mais tempo e empenho do entrevistador para que a pessoa alcance o estado de relaxamento e tranquilidade para poder falar.
"Com adultos é um pouco mais fácil e conseguimos conduzir a audiência, que foi realmente muito tensa. Contudo, imaginamos ter diminuído o sofrimento daquela senhora que, aos 86 anos, por ter sido correta a vida inteira, entendia que o vir ao Fórum era como uma vergonha na vida dela", completou a juíza.
Outro aspecto apontado por Katy é o fato de não haver previsão legal, estabelecendo como obrigatório o uso de um depoimento especial para oitiva de pessoas adultas. Ele entende que isso não impede que um juiz, verificando a condição de vulnerabilidade, escolha promover a oitiva por meio dessa técnica, desde que haja o consenso das partes - como ocorreu no presente caso.
"O que esperamos é ter oferecido para esta senhora um ambiente mais confortável e mais humanizado para ela ser ouvida", concluiu.
Últimas Notícias
- Vida profissional - 11:57 Estudo da CNI aponta 16 profissões do futuro no setor industrial
- Câmara Municipal - 11:37 Procuradoria firma parceria para fortalecer políticas em defesa das mulheres
- CNU - 11:17 Manifestação de interesse no CNU 2024 é prorrogada até terça-feira
- Agro - 10:50 Maracaju lidera a produção de soja em Mato Grosso do Sul, aponta SIGA-MS
- Solidariedade - 10:35 Família pede ajuda para reconstruir casa
- MPT - 10:10 Alerta para impactos do burnout e de transtornos psíquicos no trabalho
- Arte - 09:50 Festival Mais Cultura da UFMS será realizado de 22 a 27 de setembro
- Poder Judiciário - 09:35 Desembargador de MS tem enunciados aprovados em congresso nacional do STJ
- Dourados - 09:10 Homem é executado com 3 tiros na frente da esposa em Dourados
- Saúde Pública - 08:50 Corumbá solicita UBS Fluvial e Ambulanchas para atender ribeirinhos