• Diretor de Redação Ulysses Serra Netto

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Iniciativas brasileiras contribuem para a igualdade de gênero

Domingo, 07 Abril de 2019 - 08:37 | Redação


Dados divulgados pelo Ministério da Justiça em 2016 apontam que 30 milhões de meninas de zero a 18 anos, que vivem no Brasil, são afetadas pelas desigualdades relacionadas às questões de gênero. Somente em 2014, mais de 25 mil meninas foram vítimas de diversas formas de violência - incluindo a doméstica e a sexual - de acordo com o Sistema de Informação de Agravos e de Notificação do Ministério da Saúde (Sinan/MS).

Por conta destes e de outros dados alarmantes, a Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério dos Direitos Humanos (SNDCA/MDH) passou a considerar o empoderamento de meninas uma ação prioritária do órgão para os próximos anos.

Existe uma construção social muito forte que se desenha no que tange à infância e adolescência. É quase automático relacionarmos cores (como o rosa), objetos (bonecas, panelinhas, maquiagens) e brincadeiras (brincar de cozinhar, de cuidar do bebê) diretamente ao gênero, sem questionarmos se outras opções também não seriam atraentes para as meninas. São diversos símbolos e artefatos culturais que marcam a nossa concepção sobre crianças e adolescentes e que podem desencadear condições desfavoráveis e vulnerabilidade. 

Estímulo às meninas para uma sociedade mais equilibrada - Diversas iniciativas brasileiras buscam romper esses paradigmas e contribuir para a luta pela igualdade de gêneros. Um desses exemplos vem da empresa Pampili, especializada em vestuário infantil. Junto à ONG Plan Internacional, a marca toca a campanha Sou Corderosa, que destina parte do valor das vendas de diversos produtos às meninas e mulheres em situação vulnerável.

A Plan Internacional também possui diversos projetos próprios, além das ações conjuntas (como a da Pampili). Um deles é o “Escola de Liderança para Meninas”, cujo objetivo é proporcionar formação e estimular as meninas para que reconheçam seu potencial e compreendam a amplitude de suas possibilidades de atuação na sociedade.

Outra iniciativa, dessa vez no campo da arte e da música, é o Girls Rock Camp Brasil. O projeto consiste em um acampamento musical de férias, apenas para meninas com idades de 7 a 17 anos. Ao longo de uma semana, as meninas aprendem a tocar um instrumento, a criar uma composição autoral e a formar uma banda, estimulando a autoestima, o trabalho em grupo e a liberdade criativa.

Felizmente, o número de projetos voltados ao empoderamento das meninas só aumenta no país, consequência da presença do debate sobre a igualdade de gênero e o combate às situações de vulnerabilidade envolvendo meninas e mulheres. 

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