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De helicóptero sucessor de Minotauro é transferido para Dourados

Terça-feira, 21 Janeiro de 2020 - 15:40 | Redação


Com forte esquema de segurança e depois de informações de uma possível tentativa de resgate, Edson Barbosa Salinas, de 32 anos, o “Salinas Riguaçu”, foi transferido de helicóptero junto com seu cunhado Rodrigo Antunes Flores, de 28 anos, pelo Grupo de Policiamento Aéreo (GPA) para o Presídio de Dourados (MS). Apontado como sucessor do narcotraficante Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, o Minotauro, Salinas foi preso depois de se envolver em uma briga de trânsito, na noite de domingo (19), em Ponta Porã (MS).

 “Salinas Riguaçu” é um criminoso de alta periculosidade e como substituto de Minotauro estava à frente da guerra do PCC contra facções rivais pelo controle do tráfico de drogas e armas na fronteira.

Ele teria liderado ataques contra membros de facções rivais. Na lista de execuções do traficante estaria o assassinato da advogada argentina Laura Marcela Casuso, morta a tiros em novembro de 2018, em Pedro Juan Caballero. Segundo a polícia paraguai, ela era advogada do traficante sul-mato-grossense Jarvis Ximenes Pavão, um dos maiores fornecedores de maconha e de cocaína para o Brasil que, atualmente, cumpre pena na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Pavão é investigado pelo assassinato do traficante Jorge Rafaat, em junho de 2016, em Pedro Juan Caballero.

Em janeiro de 2019, o alvo de “Salinas Riguaçu” teria sido o empresário Chico Gimenez, executado em sua casa em Ponta Porã. No local, a polícia recolheu mais de 190 projéteis de calibre 556 e 762. Chico era tio de Pavão.

Ligação com Minotauro – Salinas é apontado como dono de imóveis em Pedro Juan onde foram presos 15 integrantes do alto escalão da quadrilha chefiada por Minotauro. Com o grupo, foram apreendidas, em fevereiro de 2019, diversas armas e munições.

E suspeito de ser o mandante de uma chacina que matou seis pessoas e deixou bebê de pouco mais de um ano ferido, na cidade paraguaia, em maio do ano passado.  As vítimas estavam sentadas na varanda da casa quando pistoleiros começaram a atirar com pistolas e fuzis calibre 5.56. Elas fariam parte do grupo liderado por Jarvis Pavão.

Minotauro tem relação com mais de 150 mortes na região de fronteira e comanda uma das quadrilhas que disputam a liderança do tráfico de drogas após a morte de Jorge Rafaat, em 2016. Ele foi preso em fevereiro do ano passado em um apartamento, em Balneário Camboriú, litoral de Santa Catarina durante uma operação que mobilizou policiais paraguaios e brasileiros.  

Prisão - O policiamento reforçado na fronteira durante a Operação Hórus após a fuga em massa de 75 internos da Penitenciária de Pedro Juan Caballero, que integram uma das maiores facções criminosas do Brasil, levou equipes do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) e da DERF (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) que estão em Ponta Porã (MS), ao traficante Edson Barbosa Salinas, de 32 anos, o “ Salinas Riguaçu”, preso durante uma briga de trânsito na noite deste domingo (19).

Segundo a polícia, durante rondas na Av. Brasil, por volta das 22h, as equipes flagraram Fábio Lopez Vilhalva, de 23 anos, armado com uma pistola 9 milímetros, discutindo com dois homens em uma caminhonete Toyota SW4.  Edson Salinas era o passageiro do veículo conduzido por seu cunhado Rodrigo Antunes Flores, de 28 anos, e apontava uma pistola calibre.380 para Fábio.

Fuga em massa – O Ministério da Justiça do Paraguai confirmou o nome de oito dos 12 pistoleiros ligados a Minotauro que estavam presos e fugiram junto com outros 67 presos do Presídio de Pedro Juan Caballero, na madrugada deste domingo (19).

Um dos comparsas de Salinas seria Danilo Gimenez Lopes apontado como possível mentor da fuga em massa e o responsável pelas execuções e o armazenamento das armas.  Apesar de ser considerado foragido da justiça, testemunhas afirmam que ele continua a atuar na fronteira e pode estar oferecendo suporte material e financeiro a detentos que fugiram do presídio de Pedro Juan.

 

 

 

 

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