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Caso de mulher que viveu como homem desafia a polícia
Segunda-feira, 04 Fevereiro de 2019 - 18:11 | Redação
O caso de uma pessoa que nasceu mulher, mas viveu como homem até a morte tem intrigado a polícia nesta última semana. Lourival Bezerra de Sá morreu naturalmente aos 78 anos e deixou em terra uma incógnita que só ele poderia solucionar. Seu corpo está há quatro meses no Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL) aguardando por identificação, já que legalmente a pessoa de Lourival não existe e seu nome registrado em certidão de nascimento é desconhecido.
Como explica a delegada Christiane Grossi, responsável pelo caso, descobrir a verdadeira identidade de Lourival não é uma questão de gênero, mas sim de humanidade. “Existe uma família que não sabe o paradeiro desta pessoa, ele registrou quatro filhos em Goiás”, conta Christiane que ainda apresenta outra possibilidade. Além de querer apenas ser um homem Lourival poderia estar fugindo de algo ou alguém, o que desencadearia um passado ainda mais turbulento, e até criminoso, que a polícia tem o dever de desvendar.
O nome Lourival Bezerra de Sá “nasceu” em 1968, quando foi feito o Registro Geral (RG), e é apenas até este ano que as diligências policiais conseguem chegar. Sem pistas da família as investigações apontam que Lourival teria nascido no Nordeste do Brasil e ainda jovem partiu para o Estado de Goiás, lá ele registrou quatro crianças e teve uma companheira que morreu no ano de 1985.
Na Capital de Mato Grosso do Sul, Lourival viveu junto a uma cuidadora até o momento de sua morte, mas a delegada acredita que a relação entre os dois não era afetiva e sim de companheirismo, acolhimento. Para a polícia, a cuidadora revelou nomes de familiares que lhe foram ditos por ele em vida e declarou que não sabia que Lourival havia nascido mulher.
Exames laboratoriais também foram realizados para tentar descobrir quem foi Lourival antes de 1968. Amostras de DNA foram enviadas para todo o País, mas nenhum Estado possui registros desta pessoa.
Aparentemente o membro de uma família tradicional brasileira era pacato, tranquilo e bom vizinho. Mesmo sem antecedentes criminais o cadáver de Lourival deve permanecer no IMOL até que as investigações sobre o seu registro legal sejam encerradas, já que a certidão de óbito só pode ser liberada com os registros oficiais. Como o registro de pessoa transsexual não era possível na época em que Lourival se identificou como homem, a identidade (RG) que ele possuía é considerada falsa, portanto, ilegal.
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