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Candidatos protestam contra falhas em concurso
Quarta-feira, 30 Janeiro de 2019 - 16:59 | Redação
Cerca de 30 a 40 candidatos que prestaram concurso público do estado de Mato Grosso do Sul, com vagas destinadas a profissionais da educação, se reuniram em frente à Secretaria de Administração (SAD) na tarde desta quarta-feira (30) para protestar. Todos os presentes apresentaram algum tipo de recurso contra questões da avaliação, realizada no dia 16 de dezembro de 2018. O certame está sendo considerado pelos trabalhadores da categoria como o pior concurso já realizado no Estado. Em torno de 14.000 pessoas se inscreveram para disputar a 1.000 vagas de professor sendo que menos de 1% dos concorrentes foram aprovados.
Considerando ser impossível realizar uma prova de 80 questões em apenas 4 horas, só o professor de matemática Marduqueu Andrade elaborou sete pedidos de recursos. De acordo com o educador, que foi aprovado em língua portuguesa, mas não em matemática, a má elaboração da prova prejudicou candidatos quanto ao tempo de realização da avaliação. As folhas recebidas pelos estudantes não foram grampeadas, o que dificultava a identificação de uma prova sem formatação, com letras ilegíveis e numeração borrada.
Além das dificuldades encontradas nas impressões, houve inúmeras reclamações referentes ao despreparo dos fiscais encarregados em tomar conta da sala de aula no momento das avaliações, sem contar na falta de relógios ou simuladores de tempo para controle dos candidatos. Jorge Ricarte, de 43 anos, é formado em letras e não consegue esconder sua frustração “isso é um descaso com a educação e com os educadores. Dentro da própria prova havia erros gritantes de língua portuguesa” revela.
O valor cobrado como taxa de inscrição para realização do processo seletivo era de R$ 216,16 por candidato, custos certamente não investidos na segurança da avaliação. Concorrentes relataram que celulares tocaram dentro de sala de aula e indagaram a ausência de detector de metais para vistoria.
A professora de língua portuguesa que não quis se identificar alega que nenhum concurso já realizado no Estado exigiu a média de 60% de acerto em cada disciplina “tudo foi totalmente desrespeitoso, a elaboração das questões é uma vergonha sem contar na formatação bastante tendenciosa” conta a educadora que precisou deixar de cuidar do marido internado durante cinco meses para que pudesse estudar.
Para tentar resolver um pouco a baderna, a categoria ainda está dividida entre pedir a anulação do concurso ou uma nota de corte, já que o número de reprovação ultrapassa os 90%.
A fundação contratada (FUNRIO) pelo Governo de MS para elaboração e realização do concurso é residente do Estado do Rio de Janeiro e possui inúmeras reclamações e processos pela organização infame de seus processos de seleção o que faz os candidatos se indagarem sobre a não contratação de empresas regionais para realização do serviço. Vários concursos preparados pela empresa já foram anulados.
No dia 07 de fevereiro um representante da categoria irá entregar à secretaria de administração um dossiê de 60 páginas contendo reclamações e irregularidades encontradas na realização do concurso. A Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) também já se posicionou e solicitou uma reunião com urgência junto do governador do estado, Reinaldo Azambuja.
O Diário Digital tentou entrar em contato com a Secretaria de Administração, mas até o fechamento da matéria não obteve retorno.
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