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Câncer que vitimou Preta Gil já fez 22 vítimas em Campo Grande em 2025

Em 2024, 87 pessoas receberam diagnóstico de câncer colorretal na Capital — 32 não resistiram à doença

Quinta-feira, 24 Julho de 2025 - 08:50 | Thays Schneider


Câncer que vitimou Preta Gil já fez 22 vítimas em Campo Grande em 2025
Em 2024, 87 pessoas receberam diagnóstico de câncer colorretal na Capital — 32 não resistiram à doença (Foto Divulgação)

O câncer colorretal é uma das doenças mais comuns no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA) - que afeta o intestino grosso (cólon) ou o reto, a última parte do intestino. A doença já vitimou 22 pessoas nos seis primeiros meses de 2025 em Campo Grande. O assunto ganhou mais visibilidade após a cantora Preta Gil, de 50 anos, morrer no último domingo (20) vítima da doença. 

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande (SESAU) os dados mais recentes sobre diagnósticos e óbitos por neoplasias malignas do trato gastrointestinal inferior, com base nos sistemas oficiais Painel-Oncologia Brasil (DATASUS) mostra que nos primeiros seis meses desse ano 20 pessoas foram diagnosticadas com a doença em Campo Grande. Os dados mostram ainda que, em 2024, 87 pacientes foram diagnosticadas com o câncer colorretal, desses 32 acabaram falecendo da doença.

Segundo o Dr.Cezar Augusto Galhardo, cirurgião oncológico da Unimed Campo Grande, a principal forma para diagnosticar esse tipo de câncer é a colonoscopia, um exame que permite visualizar, através de vídeo, o interior do intestino grosso e reto, identificando qualquer alteração ou lesão. “Se for encontrado algum pólipo ou outra lesão suspeita, o procedimento pode incluir a remoção do pólipo ou a realização de uma biópsia, ajudando a evitar que eles se desenvolvam em câncer. Além de diagnóstico, a colonoscopia também é uma medida preventiva crucial, retirando os pólipos antes que se tornem malignos.

Segundo o especialista, o tratamento do câncer colorretal varia conforme o estágio da doença. “Nos casos mais iniciais, a remoção cirúrgica do tumor pode ser suficiente para curar o paciente. No entanto, em estágios mais avançados, podem ser necessárias terapias adicionais, como quimioterapia e radioterapia, antes ou depois da cirurgia. Já em casos muito avançados, com metástases em outros órgãos ou disseminação para o peritônio, a quimioterapia não cura casos avançados isoladamente, mas ela pode ajudar a estabilizar a doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes”.

Doença silenciosa - Esse é um tipo de câncer silencioso em sua fase inicial, o diagnóstico precoce é crucial para aumentar as chances de cura, reforçando a importância de exames e consultas de rotina. Sinais sutis como anemias e diarreias podem surgir, enquanto estágios avançados podem apresentar alterações no ritmo intestinal, sangramento nas fezes, dores abdominais e cansaço.

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