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Betina Siufi morre de câncer na Capital

Betina estava em tratamento da doença, apresentou complicações e não resistiu

Quinta-feira, 10 Junho de 2021 - 14:34 | Redação


Betina Siufi morre de câncer na Capital
(Foto: Blog Marco Eusébio)

A ex-presidente da Fundação Carmen Prudente - mantenedora do Hospital do Câncer - em Campo Grande, Betina Moraes Siufi Hilgert, morreu, na madrugada desta quinta-feira, 10 de junho.

Betina Siufi estava em tratamento contra um câncer, e apresentou complicações durante a madrugada, foi internada, mas não resistiu. 

Betina Siufi ficou conhecida por integrar a máfia do hospital do Câncer. Ela travou batalhas na Justiça por medicamento. 

Investigação

De acordo com o Ministério Público Federal, a "Máfia do Câncer" era supostamente formada pelos médicos Adalberto Abrão Siufi e Issamir Farias Saffar, ex-diretores do Hospital de Câncer Alfredo Abrão, Luiz Felipe Terrazas Mendes e Blener Zan, ex-diretor-presidente e ex-presidente da Fundação Carmen Prudente (mantenedora do Hospital do Câncer) e Betina Moraes Siufi Hilgert, filha de Adalberto e ex-administradora do hospital e o técnico em radiologia Adalberto Chimenes.

Conforme a Operação Sangue Frio, à época foram apuradas, em 2013, diversas irregularidades ocorridas na Fundação Carmem Prudente de Mato Grosso do Sul (Hospital do Câncer), como  contratação de empresas prestadoras de serviço de propriedade dos diretores ou vinculados à família de Adalberto Siufi; contratação de familiares para ocupar funções responsáveis pelas finanças da fundação e para ocupar altos cargos; cobrança do Sistema Único de Saúde de procedimentos de alto custo após o óbito dos pacientes; e acordo com farmácia com indício de superfaturamento.

Em 2014, com base em análises preliminares de provas e documentos colhidos na operação, a Justiça Federal de Campo Grande atendeu ao pedido do Ministério Público e determinou o bloqueio de R$51.381.369,79 na conta dos acusados. Os réus, contudo, recorreram ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), que diminuiu a restrição patrimonial de cada um deles para R$ 6.344.249,99.

O MPF recorreu à Justiça para ampliar o valor bloqueado. Com a nova decisão judicial, cada réu terá R$ 29.025.657,14 em bens indisponíveis, somando, assim, R$ 116.102.628,59.

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