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Adolescente de 12 anos acorrentada por pai foge de abrigo
Sexta-feira, 10 Janeiro de 2020 - 16:50 | Redação
A adolescente de 12 anos que foi acorrentada pelo pai no sábado (4), no Bairro Coophavila II, em Campo Grande, onem (9) fugiu do abrigo para qual havia sido levada,. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul junto com os outros atores da Rede de Proteção informou que deve tomar providências. O Ministério Público e o Conselho Tutelar vão apurar a questão.
O pai da menina, um pedreiro de 31 anos, permanece preso preventivamente por acorrentar a filha de 12 anos em um pilar no quintal de casa para que ela não fugisse. Ele foi autuado por lesão corporal (violência doméstica) e maus-tratos qualificado, em razão do crime ter sido cometido contra uma menor de 14 anos.
A Polícia Civil está apurando se houve omissão ou negligência da mãe da adolescente que estava sob a guarda do Estado. De acordo com a delegada da DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), Francielle Candotti, a corrente utilizada no crime foi encaminhada à perícia. "A investigação está apurando se a mãe era conivente com os maus-tratos sofridos pela filha, se caso for comprovado, a mulher vai responder por omissão”.
Em depoimento, a adolescente disse que havia sido acorrentada pelo pai porque queria sair para se encontrar com o namorado. Os irmãos da adolescente com idade de 10 e 13 anos serão ouvidos. "É preciso saber se a ocorrência foi algo isolado ou se era recorrente", explicou a delegada. A polícia também quer saber se houve tortura - crime com pena de reclusão de quatro a dez anos.
A mãe da adolescente, uma diarista de 43 anos, declarou "não aguentar" mais a filha e disse pretender abrir mão da guarda dela. “Já acionei o Ministério Público e o Conselho Tutelar para interná-la numa casa agrícola, mas não deu certo. Ainda segundo a mãe, a adolescente é usuária de drogas, fugia de casa com frequência e também praticava pequenos furtos. Ela contou que a menina já tinha apanhado do pai em outras ocasiões, mas somente desta vez ela foi acorrentada após mentir que iria se encontrar com um namorado porque estaria grávida.
Negligência – Desde março de 2019, a adolescente era acompanhada pelo 5° Conselho Tutelar de Campo Grande. Segundo a conselheira que acompanhava a família pela rede de apoio, os pais foram denunciados anteriormente por negligencia e agressão. “Nós fizemos o que pudemos. Acompanhávamos a família através da assistência social e orientamos os pais sobre os castigos físicos”, informou a conselheira Alice Arakaki Yamazaki.
Ainda de acordo com a conselheira, a menina não denunciava as agressões e permanecia calada durante os atendimentos.
O caso - Na noite de sábado (4), o pai foi preso em flagrante depois de levar a filha acorrentada no pulso até o 2°pelotão da Polícia Militar, no Bairro Coophavila II. A menina tinha hematomas nos braços e nas pernas e relatou ao policial que foi agredida porque disse que estava grávida e tentou fugir.
Mesmo acorrentada no quintal de casa para não fugir, a menina conseguiu esconder um alicate na roupa e se soltar da corrente, mas foi pega pelo pai a cerca de 900 metros da casa da família e levada por ele até a PM.
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