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Acusado de feminicídio afirma que matou Natalin "no desespero" após discussão
Conforme Tamerson Ribeiro, intenção era matar, porém morte foi acidental
Sexta-feira, 25 Novembro de 2022 - 11:13 | Victória de Oliveira e Thays Schneider

Acusado pelo feminicídio da esposa Natalin Nara Garcia de Freitas Maia, com 22 anos na época, Tamerson Ribeiro Lima de Souza, de 31 anos, foi ouvido pelo júri popular do Fórum de Campo Grande (MS) na manhã desta sexta-feira, 25 de novembro. O homem ficou quatro anos casado com a vítima, antes de matá-la com golpe de mata leão e jogar o corpo às margens de rodovia. Hoje, sentado ao banco de réus, responde por feminicídio e ocultação de cadáver.
Tamerson inicia o depoimento lembrando da filha de Natalin, Lorena. Afirma que criou a menina desde os dois meses dela. Relata, também, que o início da relação com a companheira era normal. “A gente resolvia tudo depois de uma conversa”. Ao júri, nega agressões anteriores ao dia do crime, 4 de fevereiro de 2022.
Para o homem, no fatídico dia, Natalin estava ‘nervosa’. “Era era nervosa. Normal e bêbada”, afirma. O acusado relatou sua versão do feminicídio. “Era por volta de uma hora da manhã e a gente estava brigando. Ela começou a me bater e eu peguei ela pelo pescoço segurando”, declara.

Ainda, conta que estava desesperado e “só pensava na filha”. “Infelizmente, tomei a decisão por desespero, colocando o corpo dentro do carro. Ela me batia sempre, dava soco no rosto, sangrava minha boca”, afirma.
“Acabou acontecendo” - Tamerson afirma que a morte de Natalin, mesmo que intencionada, foi um acidente. “Acabou acontecendo a morte. Mas era minha intenção. Eu me arrependo”, afirma.

O homem declarou, ainda, que matou a companheira “sem pensar”. “Na hora do desespero, a gente faz coisas sem pensar”, afirma. Após a morte, colocou o corpo da esposa no porta-malas do carro e levou a filha de Natalin à escola. “Não queria ficar sozinho com meus pensamentos, não estava no meu normal”. Tamerson finalizou o depoimento afirmando que amava muito Natalin.
Família relembra relacionamento conturbado - A avó de Natalin, Aucilete Albuquerque e a ‘mãe de consideração’, Simone Floriano afirmaram que a vítima manifestava desejo de separar de Tamerson. Conforme a avó, a primeira a ser ouvida, o homem não se misturava com a família, era calmo e “não falava muito”.

Para Simone, a ausência de palavras de Tamerson deram espaço à ligação dois dias após o crime. Na noite do domingo, 6 de fevereiro, dois dias após o feminicídio, Tamerson ligou para Simone. “Perguntou se eu sabia dela, mas ele já tinha matado. Até chorou na ligação”, conta.
Quanto ao relacionamento de Tamerson e Natalin, conta que presenciou brigas “feias” e que também sabia do desejo de separação. “Várias vezes ela me disse que queria separar e estava só esperando terminar a faculdade”, explica,

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