Educação
Com mensalidade de R$ 14,5 mil, curso de Medicina é alvo de protesto contra reajuste
Segundo acadêmicos, valor do curso é incompatível com a estrutura de ensino oferecida pela Instituição
Segunda-feira, 28 Março de 2022 - 14:51 | Marina Romualdo

Acadêmicos do curso de Medicina da Universidade Anhanguera/Uniderp estão protestando contra o preço alto da mensalidade, falta de estrutura de ensino, e má-organização na gestão do repasse do Programa de Financiamento Estudantil (FIES). A manifestação pacífica é realizada na tarde desta segunda-feira, 28 de Março, na unidade da Avenida Ceará, em Campo Grande (MS).
A equipe do Diário Digital falou com representantes do manifesto. Segundo eles, o valor do curso, é incompatível com o serviço ofertado. Além disso, as reivindicações dos estudantes nunca foram atendidas. A acadêmica do 4° semestre, Fernanda Marques, de 32 anos de idade, contou que a mensalidade é de 14.500,00. "Um dos principais fatores dos estudantes no protesto é o valor da mensalidade. Fora os reajustes que estão programados ao decorrer do ano, que acaba ficando inviável para os estudantes".
(Fotos: Luiz Alberto)
"Temos acadêmicos que tiveram um reajuste de 100% no FIES e outros que tiveram um aumento de mais de 100%. Então as pessoas que começaram a pagar no início da faculdade 2 mil, a partir do meio do ano, irão pagar 6 mil. O Programa de financiamento é para dar oportunidade dos estudantes conseguirem financiar um curso de valor alto e para pagar depois de sua formação e não é isso que está acontecendo".
"Com esses aumentos, a Universidade está colocando também dividias diretamente com os alunos do FIES. Tem acadêmicos que estão com uma divida de 50 mil com a Instituição. É inadmissível, sendo que o contrato é diretamente com o banco, que em seguida, repassa para a faculdade", concluiu Fernanda.
Já o acadêmico do 4° semestre, Gustavo Andrade Girardi, de 21 anos, disse que os estudantes querem que o valor da mensalidade abaixe ou no mínimo o congelamento do preço. "Queremos que melhore e invistam na estrutura. Os projetores da Universidade não funcionam, desta forma, os professores acabam não conseguindo lecionar. Estamos sem laboratórios, nossas aulas de anatomia e histologia estão sendo passadas em slides".
"Além disso, a desorganização da Instituição é enorme. Inúmeros alunos estão com problemas no FIES, com dividas absurdas que são inexistentes e sem procedência", relatou o acadêmico Gustavo.
(Fotos: Reprodução)
Até o momento, 226 estudantes assinaram a ata de protesto. Durante a manhã (28), alguns estudantes foram chamados pelo coordenador do curso e ficou marcada para próxima quarta-feira (30) uma reunião em relação a estrutura da faculdade. Porém, até o momento não houve nenhuma posição da Universidade em relação ao valor da mensalidade, que é administrada pela empresa Kroton Educacional.
O Diário Digital entrou em contato com a assessoria de Instituição e até o momento não obteve resposta.
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