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Cultura

Professora, educadora e artista trans conta sua história através das telas

Emy Santos fala sobre a produção de seu documentário pessoal

Sexta-feira, 22 Agosto de 2025 - 08:15 | Luiza Ferraz


Professora, educadora e artista trans conta sua história através das telas
A estreia foi um sucesso, esgotando mais de 200 ingressos, com a presença de amigos, familiares e admiradores. (Foto: Bre Aragão PH)

A arte-educadora e produtora Emy Santos, também conhecida como “Afro Queer”, estreou o documentário "Coragem", no Teatro Aracy Balabanian, em Campo Grande (MS) na noite da última quarta-feira (20).

A ideia do documentário surgiu do Diretor Pedro Alvarenga, que viu em Emy a condição política de promover espaços seguros para pessoas LGBTQIAP+. Por sempre tratar tais vivências com seriedade, acolhimento e gerando também oportunidades de emprego para essas pessoas.

A estreia foi um sucesso, esgotando mais de 200 ingressos, com a presença de amigos, familiares e admiradores. O documentário mostra para além das redes sociais, quem é a Emy como mulher, abordando de forma sensível à vulnerabilidade de momentos cruciais em sua vida. Retratando sua cirurgia de mamoplastia e o espetáculo Culto das Travestis, que um dia foram sonhos e realizou recentemente.

A produção do filme foi realizada de forma muito afetuosa, responsável e com uma equipe 100% composta por pessoas LGBTQIAPN+, trazendo assim muito cuidado, refletindo na forma que a educadora faz a sua própria arte.

Emy Santos fala sobre seu documentário
Emy inspira a outras mulheres trans a organizar a sua revolta e entender que podem mudar o mundo. (Foto: Bre Aragão PH)

"Pensando nesse lugar da coragem, enquanto um posicionamento no mundo para ser quem se é, amar quem se ama e defender aquilo que faz com verdade." relata Emy.

Após ser exposta nacionalmente por políticos, por dar uma aula vestida de Barbie e ter o seu trabalho questionado, ela relata que sofreu preconceitos, ameaças e discursos de ódio causados por Fake News. Mas esclarece que isso a fez mais forte e a ajudou a entender seu próprio tamanho e tudo que ela representa.

Emy inspira a outras mulheres trans a organizar a sua revolta e entender que podem mudar o mundo pela coletividade e força, sendo rede umas para as outras e impulsionando suas histórias para ganharem o mundo.

Ela também relata que a representatividade deve ser utilizada como um trampolim e deve vir com um conjunto de ações, que de fato faça o grupo se sentir representado na imagem, ideias e ações que possibilitem a mudança.

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