Política
TSE manda apagar post que liga candidato Lula a casos de corrupção
Produtora tem 24 horas para remover publicação do Twitter
Quinta-feira, 13 Outubro de 2022 - 16:37 | Agência Brasil

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu hoje (13) ordenar a remoção de uma publicação no Twitter em que a produtora Brasil Paralelo vincula diversos casos de corrupção ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato no segundo turno da corrida presidencial.
Com a decisão, o TSE atendeu a um pedido da coligação Brasil da Esperança, de Lula. Na petição inicial, os advogados da campanha do ex-presidente alegaram haver grave distorção de notícias jornalísticas sobre casos de corrupção, “de modo a levar a população a crer que ele estava envolvido em todos eles”.
No vídeo, são mostradas reportagens sobre esquemas investigados na época em que Lula era presidente, como o mensalão, o escândalo dos bingos e a máfia dos sanguessugas. Em sua defesa, a produtora alega que a publicação se baseia em notícias verdadeiras, não sendo portanto informações falsas.
Ao final, venceu o entendimento do vice-presidente da Corte, ministro Ricardo Lewandowski, para quem o material elaborado pela produtora promove uma “desordem informacional”.
O ministro afirmou que os casos citados no vídeo “jamais foram judicialmente imputados a ele [Lula] e aos quais nunca ele [Lula] teve oportunidade de exercer sua defesa”. Lewandowski criticou a tentativa de vincular o ex-presidente a casos de corrupção em que ele não estava envolvido, somente porque teriam ocorrido enquanto Lula ocupava a Presidência da República.
Lewandowski foi acompanhado pelos ministros Benedito Gonçalves, Cármen Lúcia e pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, para quem o vídeo promove uma “manipulação de premissas verdadeiras”, mas que resultam numa “desinformação de segunda geração”.
Os ministros deram 24 horas para que a plataforma Twitter remova a referida publicação e proibiu novos posts do tipo. Com a decisão, o plenário reverteu entendimento do relator do caso, ministro Paulo de Tarso Sanseverino, que havia negado liminar (decisão provisória) para remover o vídeo, por não ver notícias inverídicas no material.
Em manifestações no próprio Twitter e em artigo publicado em sua página na internet, a Brasil Paralelo classificou o pedido de remoção do vídeo como “censura”, e disse haver perseguição política ao material que produz.
Últimas Notícias
- Ano letivo 2026 - 09:50 Período de pré-matrículas começam
- Arte - 09:35 Com nomes do cinema nacional, Curta Campo Grande tem ações formativas
- Novembro Negro - 09:05 Novo plano de Metas Antirracistas reforça ações do Estado contra o racismo
- Saúde - 08:50 UPA de Três Lagoas recebe Raio-X digital e passa por modernização
- BR-163 - 08:08 PM reage e homem morre durante abordagem
- Operação Contenção - 07:50 Polícia divulga perfis dos mortos; 17 não tinham histórico criminal
- Núcleo Industrial - 07:40 Jovem é esfaqueado pelo padrasto
- Contrabando - 07:15 Contrabando de cigarros avaliado em R$49 mil na MS-162
- Charge - 07:00 Temporal rápido atinge bairros da Capital
- Transporte - 07:00 Passe gratuito para Enem e vestibulares

