Política
Audiência tensa tem choro na CPI do Transporte
Ex-diretor-presidente do Consórcio Guaicurus João Rezende prestou depoimento nesta segunda-feira
Segunda-feira, 16 Junho de 2025 - 17:24 | Redação

O ex-diretor-presidente do Consórcio Guaicurus João Rezende chorou antes de deixar a sessão da CPI dos Transportes na tarde desta segunda-feira, dia 16 de Junho. O depoimento dele foi tenso, em vários momentos enfrentando os parlamentares.
Em determinado momento, quando os parlamentares perguntavam sobre o contrato de concessão, João Rezende se irritou e anunciou que permaneceria em silêncio, o que foi confirmado pelo advogado que o acompanhava.
A partir daí a vereadora Ana Portela apenas leu suas perguntas, sendo informada que o ex-diretor-presidente permaneceria em silêncio.
O ex-dirigente admitiu que 97 ônibus estão circulando com idade vencida. A culpa da não renovação da frota seria da prefeitura, segundo o João Rezende, pois o Município estaria descumprindo o contrato de concessão.
"A prefeitura não concedeu tarifas na data contratada. E várias (tarifas) foram estabelecidas em valores inferiores. No sétimo ano, a prefeitura não fez o equilíbrio econômico e financeiro", afirmou o ex-diretor-presidente.

"Nós não vamos comprar ônibus novos enquanto não tivermos condições financeiras de fazê-lo. Não vamos aplicar golpe na cidade", reforçou. Ainda de acordo com João Rezende, o Consórcio Guaicurus vem sofrendo prejuízos, situação que estaria constatada em perícia.
Durante sua fala, Rezende reclamou da falta de corredores exclusivos de ônibus de Campo Grande. Para ele, a prefeitura falha em oferecer as condições adequadas de transporte.
Ao final de sua participação, ele disse que estava feliz e chorou ao agradecer a oportunidade de falar sobre o transporte em Campo Grande. "Vamos salvar o transporte coletivo de Campo Grande. Essa CPI vai fazer história em Campo Grande. Eu fico contente agradecido...", disse indo às lágrimas.
Diretor-jurídico - A segunda oitiva do dia foi de Leonardo Dias Marcello, diretor jurídico-administrativo do Consórcio, que atua na função há um ano e dois meses. Ele seguiu na mesma linha do ex-presidente, reforçando que os investimentos no sistema foram paralisados devido à ausência de revisão contratual por parte do Poder Executivo.
“O que a gente mais quer é uma tarifa que remunere o Consórcio nas premissas que foram postas na licitação pra gente poder voltar a fazer os investimentos que são necessários. Se o município quiser que a gente faça investimento em frota com ar-condicionado, que a gente assuma terminal, nós estamos dispostos. Só que, pra isso acontecer, a gente precisa avaliar a situação do lado empresarial. A gente não pode estar investindo recursos em um sistema que não te remunera adequadamente. E quem tem obrigação de garantir isso é o Poder concedente”, disse Leonardo.

No início dos trabalhos desta segunda-feira foi apresentado novo balanço das oitivas da CPI. Até o momento foram catalogadas 616 denúncias, demonstrando o alto nível de engajamento da população com os trabalhos da CPI e sua preocupação com a qualidade do transporte coletivo da Capital.
As últimas oitivas desta terceira fase da CPI acontecem na quarta-feira (18), quando serão ouvidos a partir das 13h Themis de Oliveira, atual diretor-presidente do Consórcio, e Paulo Constantino, sócio-proprietário do Consórcio Guaicurus.
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