Polícia
Vingança motivou tortura e assassinato de empresário na Capital
Corpo de Ronaldo Nepomuceno Neves foi encontrado carbonizado próximo a cachoeira do Céuzinho
Quarta-feira, 16 Setembro de 2020 - 14:53 | Redação

A 2 ª DP (Delegacia de Polícia) de Campo Grande que investiga a morte de Ronaldo Nepomuceno Neves, de 48 anos, divulgou detalhes na manhã desta quarta-feira (16) sobre a prisão de quatro suspeitos de torturar e assassinar o empresário, sócio de uma casa noturna, na Avenida Ernesto Geisel. O crime cometido com requintes de crueldade foi motivado por vingança.
As investigações foram conduzidas pelo Grupo de Operações e Investigações (GOI) que durante três dias ininterruptos de trabalho chegaram ao nome de dois suspeitos que confessaram participação no homicídio e apontaram mais dois comparsas.
De acordo com o delegado titular Camilo Kettenhuber Cavalheiro, o desentendimento que levou a morte de Ronaldo começou após um furto em seu estabelecimento. Um dos suspeitos preso, Kelvin Dinderson dos Santos, 29 anos, conhecido como “Alemão”, disse à polícia que foi até a boate conversar com a vítima para negar participação no furto.

Porém, teria sido amarrado por Ronaldo e outras duas pessoas, torturado com uma faca, chutes e choque elétrico. “O suspeito apresentava várias lesões pelo corpo que demonstram a agressão. No depoimento, ele diz que chegou a desmaiar”, relatou Kettenhuber.
Como “Alemão” estava desacordado, acreditando que havia matado Kelvin, a vítima foi até uma propriedade conhecida como chacrinha, frequentada por usuários de drogas, localizada em frente à boate. Conforme explicou o delegado, Ronaldo tentou intimidar os homens que estavam lá demonstrando o que acontecia com quem furtava a boate dele.
Enquanto isso, outro suspeito foi até o estabelecimento e conseguiu soltar Kelvin. Eles encontraram a vítima na chacrinha e junto com mais dois envolvidos imobilizaram Ronaldo e o agrediram.
Kelvin, Igor Figueiro Rando, 21 anos, Marcelo Augusto da Costa Lima, 21 anos, e Almiro Cassio Nunes Orgeda Queiroz Neto, 25 anos, levaram a vítima em sua própria caminhonete até a Cachoeira do Céuzinho, onde Ronaldo foi torturado e morto.
“A vítima fatal foi asfixiada, lesionada na região da garganta com um pedaço de garrafa quebrada e, ainda, atingida na cabeça com golpes de pedra, antes de seu corpo ser carbonizado juntamente com o veículo”, explicou o delegado que autuou os suspeitos em flagrante.
Os quatro foram autuados em flagrante por homicídio qualificado pelo meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Além disso, dois dos indiciados também foram autuados em flagrante por tráfico de drogas e um deles pelo crime de resistência.
“Foi um crime cruel, por várias vezes a vítima implorou pela vida”, segundo Kettenhuber que representou pela conversão da prisão dos acusados em preventiva. Todos têm passagens anteriores por crimes como tráfico de drogas, roubo e furto.
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