Polícia
Trabalhadores são resgatados em condições análogas à escravidão
Dois gerentes da fazenda foram presos e duas caminhonetes apreendidas
Quarta-feira, 20 Agosto de 2025 - 17:45 | Redação

Trabalhadores mantidos em condições análogas à escravidão foram resgatados após investigação policial, nesta terça-feira (19), em uma fazenda de um grupo agropecuário multimilionário, em Brasilândia. Dois gerentes do local foram presos em flagrante e duas caminhonetes foram apreendidas na ação.
A operação teve início, a partir da investigação policial, que indicava a exploração de pessoas em situação de vulnerabilidade social.
A propriedade rural, que fica a aproximadamente 35 km da área urbana de Brasilândia, encontrava-se em situação degradante, com trabalhadores alojados em currais e depósitos insalubres, sem condições mínimas de higiene, sem transporte e sendo submetidos a jornadas exaustivas, de segunda a sábado, por mais de nove horas diárias, sem o recebimento de salários adequados.
Conforme relato de algumas vítimas, foram obrigadas a percorrer longos percurso a pé até a cidade para buscar por atendimento médico, devido a falta de assistência da fazenda. Os demais confirmaram que adquiriam itens de higiene e alimentação direto com os aliciadores, com os valores descontados de seus salários. Ainda, não receberam nenhum cobertor para aquecer no frio.
No local, os policiais civis descobriram que cinco trabalhadores foram retirados às pressas da fazenda antes da chegada dos agentes, na tentativa de ocultar provas e obstruir a fiscalização. Em seguida, foram localizados em uma praça pública, no centro da cidade.
No total, seis vítimas foram identificadas até então, advindas de outros estados do país, todas submetidas a condições degradantes e desumanas, em violação aos direitos humanos e trabalhistas.
Com as provas coletadas no local, como vídeos, fotos e o laudo da perícia, confirmam as condições cruéis que os trabalhadores eram submetidos e com a prisão dos dois gerentes penalizam a prática de trabalho análogo a escravo contemporâneo.
A Justiça Federal foi comunicada e os suspeitos permanecem presos aguardando a audiência de custódia. As vítimas foram levadas para o CREAs com abrigo e alimentação.
O delegado responsável pelo caso, Rafael Montovani, afirmou que "as investigações prosseguem para apurar todas as responsabilidades e identificar outras possíveis vítimas exploradas na região".
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