Polícia
Sobrinho é o principal suspeito de ter matado tia com tiro na testa
Se condenado, Carlos Fernandes Soares de 33 anos pode pegar 30 anos de prisão
Segunda-feira, 08 Novembro de 2021 - 17:40 | Marina Romualdo

Márcia Catarina Lugo Ortiz de 57 anos de idade, foi encontrada morta dentro do córrego Imbirussu e o principal suspeito é seu sobrinho de consideração, Carlos Fernandes Soares de 33 anos, segundo constatação da Polícia Civil.
O crime foi praticado no dia 8 de Outubro, em Campo Grande (MS). A vítima foi atingida com um tiro no supercílios com apenas 24 centímetros de distância.
"O disparo foi a queima-roupa", diz o delegado da 6ª DP, João Reis Belo. Durante entrevista à imprensa nesta segunda-feira, 08 de Novembro, o delegado relatou que Carlos Fernandes mentiu em todas versões que contou à polícia.
Durante as tentativas de relatar para equipe policial o que ocorreu na data do crime, Carlos não se apresentava na delegacia e até exigiu uma escolta policial para sua família pelo perigo que estava correndo mas, no final, descobriram que nem na cidade ele estava.
(Fotos: Marco Miatelo)
"Na versão dele, Carlos conta que estava trafegando no veículo modelo Toyota SW4 de cor preta, juntamente com a Márcia. Quando chegaram no bairro Tarumã e foram abordados por um agiota que teria começado as ameaças. Segundo ele, o cobrador estava em um carro modelo Hyundai HB20 de cor branca e estava com a arma em punho e, em um certo momento teria disparados duas vezes contra a vítima. Ainda destacou que ficaram andando por mais ou menos 1 hora com o corpo dentro do veículo até jogarem o corpo do córrego", discorreu o delegado titular.
Após investigações com ajuda do Grupo de Operações e Investigações (GOI) descobriram que a versão que Carlos contava era mentira pelo fato de que o rastreador do carro em que ele estava não passou ou parou em nenhum lugar que citou no depoimento.
No momento que ocorreu o crime, o agiota estava em sua residência com sua esposa, a arma de fogo utilizada no dia foi uma calibre 38, que estava de posse de Carlos e foram resgatadas as imagens de segurança no lava-jato em que o rapaz é proprietário.
Na data, aparece ele limpando o veículo e nas ligações de seu telefone, logo em seguida da data do crime, ele entra em contato com um funileiro e um tapeceiro por causa que o tiro atingiu a porta e o outro pegou no banco do carro.
(Fotos: Marco Miatelo)
Além disso, o que mais chamou atenção dos policiais é que o rapaz não compareceu no velório ou nem no sepultamento de sua tia – que pelo o que contava, tinha um carinho enorme. No entanto, no inquérito consta também que em sua conta bancária houve uma movimentação de dinheiros. E, foi constado que ele teria movimento da conta da mãe da Márcia, mais de R$ 104 mil e da própria vítima, R$ 30 mil.
Logo em seguida do crime, Carlos trocou de carro com o namorado, para não chamar atenção e foi para fora da cidade, realizando várias comprar no cartões da mãe da vítima. Tudo indica o que motivou o crime foi o dinheiro que Márcia tinha recebido no inventário de seu pai que faleceu com covid-19.
"Carlos contou que a vítima estava ajudando ele financeiramente pois, tinha muitas dividas com agiotas. Porém, eles tem contato há pouco menos de um ano, quando o rapaz ficou amigo do marido da vítima. Se caso, Márcia estivesse ajudando ele, porquê ele a mataria?! Ele deixou a conta zerada e ainda realizou um empréstimo na conta da mãe da vítima", destacou o delegado.
(Fotos: Marco Miatelo)
Para finalizar, o delegado Camilo Kettenhuber Cavalheiro que também estava presente, concluiu que foram encontrados dinheiro investindo na conta do lava-jato que é do rapaz e que o celular da vítima não foi encontrado até o momento e, pode ter sido destruído pelo mesmo.
Até o momento, Carlos Fernandes e o agiota estão presos temporariamente. Porém, o delegado João Reais pediu a prisão preventiva do rapaz e a soltura do agiota que até agora não possui nenhuma acusação contra ele. Ainda faltam três cautelares para ser analisado que pode confirmar o que já foi apurado ou conseguir novas informações.
Sem antecedentes criminais, se caso condenado, Carlos pode ficar preso no mínimo 13 anos a 6 meses e no máximo 30 anos e irá responder por homicídio qualificado por motivo torpe, ocultação de cadáver, utilizar recursos que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima e fraude processual.
O caso – A mulher encontrada morta dentro do córrego Imbirrussu, em Campo Grande (MS), na tarde desta sexta-feira, 8 de Outubro, foi identificada como Márcia Lugo Ortiz.
O corpo foi localizado embaixo da ponte sobre o córrego, na BR-262, no sentido Indubrasil, na região do Bairro Coophavila. A mulher levou um tiro na testa.
Preliminarmente, a polícia acredita que ela tenha sido jogada do pontilhão. Foi necessário o auxílio do Corpo de Bombeiros para retirar o cadáver, que foi puxado do barranco por uma corda.
Aparentemente, pela rigidez do cadáver, a vítima estaria morta há mais de 8 horas
O corpo foi encontrado por um homem que desceu até o córrego para ir ao banheiro. Ele então foi à 11° Companhia da Polícia Militar e avisou
O marido da vítima esteve no local, mas não falou com a imprensa, mas dialogou com a equipe do Batalhão de Choque. Ele já tinha registrado um Boletim de Ocorrências sobre o desaparecimento dela.

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