Polícia localiza mulher desaparecida e indicia os irmãos por tortura

A Polícia Civil, por intermédio da Delegacia Especializada de Repressão a Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em atuação conjunta com o Batalhão de Choque da Polícia Militar, identifica o paradeiro de pessoa desaparecida e indicia irmãos pela prática de tortura e cárcere privado. Desde o último dia 14, uma mulher de 19 anos estava desaparecida, de modo que foi registrada ocorrência policial sobre tal fato.

Posteriormente ao registro da ocorrência, passou a circular em grupos de WhatsApp, vídeos nos quais a desaparecida era torturada, crime materializado por meio de agressões físicas e psicológicas, inclusive com o corte de cabelo, para que ela confessasse que havia contraído uma dívida, sem pagar. De posse dessas informações, a DHPP, em atuação conjunta com o Batalhão de Choque, identificou os autores da tortura e do cárcere privado, sendo dois irmãos, uma mulher de 20 anos e um homem de 21.

Encaminhados à DHPP os irmãos confessaram ter praticado as agressões físicas e psicológicas contra a vítima em razão de uma dívida. Eles relataram que ela havia penhorado uma motocicleta em uma boca de fumo, devendo pagar ao traficante R$ 7.200,00 para resgatar o bem.

Então, sob a promessa de que se resgatassem a motocicleta no ponto de venda de drogas, receberiam R$ 1.000,00 a mais, ou seja, R$ 8.200,00, assim procederam os irmãos, ficando, entretanto, na posse do bem, como garantia do pagamento. Todavia, ao invés de pagar os R$ 8.200,00, a vítima registrou uma ocorrência de furto da motocicleta, decorrendo a prisão de um dos autores pela prática de receptação.

Diante desse quadro os irmãos resolveram se vingar da vítima, produzindo e divulgando o macabro vídeo. A vítima, ontem (18), entrou em contato com a mãe dela e relatou que, apesar de muito machucada diante das agressões sofridas, estava a salvo, escondida na casa de uma amiga.

Nesse contexto, a ocorrência policial de desaparecimento foi alterada para tortura e cárcere privado e os dois irmãos, que não estavam mais em situação de flagrante delito, foram indiciados e irão responder pelos dois crimes.