Polícia Civil realiza reprodução simulada da morte de Vitória

A Polícia Civil de Ivinhema (MS) realizou nesta quinta-feira, 3 de Fevereiro, a reprodução simulada do assassinato da adolescente Vitória Caroline de Oliveira Honorato, de 15 anos. O local do crime foi isolado para a reconstituição do passo a passo do assassinato.

Dos três homens presos pelo crime, apenas um deles esteve no local dos trabalhos, segundo reportagem do site de notícias local IviNotícias. Duas testemunhas também participaram da simulação. O pai de Vitória e outros familiares acompanharam a reprodução à distância.

O delegado Felipe Alvarez Madeira solicitou a reconstituição para elucidar pontos importantes do crime. Ele queria saber, por exemplo, onde a vítima foi abordada, vinha de onde, quem a abordou, a distância que o corpo foi carregado e por quem.

O delegado não repassou detalhes do trabalho, apenas confirmou que um dos presos aceitou estar presente na simulação, embora não tenha participado ativamente por não confirmar envolvimento no caso.

A simulação reconstituiu a trajetória da adolescente de sua residência até a casa do vizinho e o local do feminicídio, bem como o percurso realizado para que o corpo fosse carregado. Foram esclarecidos pontos específicos com as testemunhas.

O procedimento foi iniciado aproximadamente às 7h da manhã e finalizado às 10h. Durante a reconstituição percebeu-se verossimilhança entre o depoimento do suspeito inicialmente encontrado e os relatos das testemunhas. Foi constatada a impossibilidade de uma pessoa carregar sozinha o corpo, que pesava cerca de 50kg, no trajeto.

Três policiais de características idênticas às dos suspeitos se revezaram carregando uma policial de peso semelhante e encontraram grande dificuldade no trajeto, que totaliza mais de dois quilômetros em terreno irregular, com estrada de terra, transposição de cerca, mata e brejo.

A Perícia deve encaminhar laudo a ser juntado no procedimento nos próximos dias, e o Inquérito Policial deve ser concluído na segunda-feira.

Desde o sábado passado, 29, quando o crime foi descoberto, os três presos estão em celas da delegacia. Um deles havia pedido revogação da prisão preventiva, após decreto em audiência de custódia, porém a Justiça negou liberdade.

A polícia ainda tenta esclarecer a participação de cada um dos três no crime. Na quarta-feira,2, o delegado já tinha revelado que o laudo confirmou a morte por asfixia e esganadura.

O caso é tratado como feminicídio e ocultação de cadáver.

O procedimento também contou com a presença dos Delegados de Polícia Caio Leonardo Bicalho e Gabriela de Souza e Violin, investigadores e escrivães de Polícia da regional de Nova Andradina e dois peritos, tendo ainda o apoio da Polícia Militar.

(Com informações da assessoria de imprensa da Polícia Civil e site de notícias local IviNotícias)