MPMS apura possível falha do Conselho Tutelar no caso Emanuelly

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou procedimento para apurar a atuação do Conselho Tutelar sul no caso envolvendo Emanuelly Victória Souza Moura, de 6 anos, morta de forma brutal na madrugada de quinta-feira (28), na Vila Carvalho, em Campo Grande. 

O objetivo é verificar se houve omissão no cumprimento das atribuições legais do órgão e, em caso positivo, se essa omissão guarda relação com o desfecho trágico noticiado. Ainda de acordo com o Ministério Público, o procedimento tramita em caráter sigiloso, conforme previsto em lei, e todas as providências cabíveis serão adotadas a partir da apuração dos fatos. Neste momento, o caso encontra-se em fase de investigação.

Ainda de acordo com o Ministério público foram feitas três denuncias ao Conselho Tutelar. Em janeiro o órgão recebeu uma denúncia de vulnerabilidade social e agressão, já em março o mesmo órgão recebeu uma denúncia de maus-tratos e vulnerabilidade social. Documento em que a reportagem teve acesso mostra que equipes do Conselho Tutelar foram até a residência da família de Emanuelly e não perceberam nada e arquivaram a denúncia. Quase dois meses depois, uma nova denúncia chegou ao Conselho Tutelar, onde consta que a mãe da menina teria quebrado o braço da filha e ameaçou de morte. Novamente o Conselho Tutelar foi até a residência da família acompanhada da Polícia Militar, mas eles não levaram à criança e nem acionaram o Ministério Público. 

Na madrugada de quinta-feira (28), Emanuelly foi encontrada morta. Conforme apurado pela reportagem, os pais da menina sentiram falta da garotinha e então acionaram a polícia. Durante buscas pela região foi localizado câmeras de segurança que flagraram o principal suspeito levando Emanuelly até a casa dele.

Circuito de segurança mostra o momento exato que o suspeito passa vestindo uma camiseta roxa e bermuda, ele parece levando a garotinha, como ele é amigo da família a menina foi sem nenhum receio.