Polícia
Motivação de feminicídio seria ciúmes ou financeiro, destaca delegada
Monalisa foi morta a facadas pelo companheiro; amiga diz que vítima negou dinheiro para compra de drogas
Segunda-feira, 28 Novembro de 2022 - 09:52 | Victória de Oliveira e Thays Schneider

As investigações quanto ao feminicídio de Monalisa Pereira Alves Muricy, de 55 anos, estão em andamento na Polícia Civil de Campo Grande (MS). A mulher foi morta pelo companheiro, Vagner, de 39 anos, na noite deste domingo, 27 de novembro, após confraternização com amigos, em casa do distrito de Anhanduí, a cerca de 60 quilômetros da capital. O autor segue foragido,
Um casal de idosos vizinhos à residência onde ocorreu o crime relatou ao Diário Digital que Monalisa e Vagner se relacionavam há poucos meses. A bebedeira, que resultou na morte da mulher, era recorrente na rotina do casal. “Sempre era bagunça por conta de bebida. Ontem estava cheio de gente”, explicaram.

Na casa da rua Barão Von Oper, restaram os vestígios de mais uma das confraternizações regadas a bebidas alcoólicas. Conforme relato de amiga de Monalisa que estava presente no momento do crime à Polícia, Vagner a esfaqueou após ela negar dinheiro para compra de drogas. As facadas teriam iniciado na frente da residência e terminado no interior, após o homem tê-la arrastado.

A delegada da 1ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Campo Grande, Rafaela Lobato explica que ciúmes também pode ter motivado o crime. “Inicialmente o motivo tenha sido em razão de ciúmes ou razões financeiras. Nós estamos averiguando melhor, ouvindo as testemunhas. As investigações estão em andamento”, afirma. A delegada confirma a versão de que os presentes no momento do crime estavam embriagados e sob efeito de entorpecentes.
A amiga da vítima também relatou aos policiais que outro homem também teria esfaqueado Monalisa. Os dois fugiram após o feminicídio. O outro envolvido foi encontrado e não soube informar o paradeiro de Vagner. O homem foi encaminhado para 1ª Deam de Campo Grande. A delegada reforça que o suspeito foi descartado como autor do crime. “Ele foi conduzido à delegacia para prestar depoimento, mas não foi preso. Nós constatamos posteriormente que ele estava presente, mas como testemunha, não foi o autor”.

A faca utilizada no crime foi apreendida. A delegada Rafela Lobato reforça que Vagner possui passagens pela Polícia, inclusive, foi preso, porém não destacou os crimes. “Não há boletim de ocorrência nem medida protetiva quanto às partes, tampouco a notícia de que seria um relacionamento violento”, comenta. O autor segue foragido e a Polícia Civil faz buscas na região a fim de localizá-lo.
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