Polícia
Justiça declara prisão preventiva de filho que manteve mãe em cárcere
Autor foi flagrado agredindo a própria mãe após vizinhos acionarem a polícia
Sexta-feira, 30 Setembro de 2022 - 12:34 | Victória de Oliveira

O homem, de 35 anos, preso na madrugada desta quinta-feira, 29 de setembro, após manter a mãe por dois meses em cárcere privado, teve a prisão convertida em preventiva. A decisão foi divulgada na manhã desta sexta-feira, 30 de setembro. O caso ocorreu no Jardim Aeroporto, em Campo Grande (MS).
Ontem, a Del. Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) pediu a prisão preventiva do autor, que foi acatada hoje pela Justiça de Mato Grosso do Sul. Ele deverá responder por lesão corporal contra mulher, resistência, ameaça e maus-tratos.
Durante a madrugada, vizinhos escutaram os gritos de socorro e acionaram à Polícia Militar. Na casa, a equipe policial encontrou a idosa caída ao solo em frente à porta da casa e o filho com faca em punho, desferindo chutes na mãe. A vítima gritava a todo momento por socorro.
Os policiais deram ordem para que o autor soltasse a faca, porém o homem partiu para cima deles e afirmou que iria matar os militares e a própria mãe. A equipe conseguiu conter o homem, desarmá-lo e algemá-lo. Mesmo com detido, desferiu chutes contra os servidores da Polícia Militar.
A idosa foi resgatada e relatou a violência. Ainda, permitiu que os militares adentrassem a residência. De acordo com o registro policial, o local estava em “situação precária e degradante”, com muito lixo espalhado pela residência e por todo quintal, além de fezes de animais espalhadas por todos os cômodos.
Com todas essas acusações, com diversos hematomas pelo corpo e privada de comer por dois dias antes de ser socorrida, a idosa relatou que tudo não passou de um mal entendido. Em entrevista à TV MS Record, veiculada nesta sexta-feira no Balanço Geral MS, a vítima negou as agressões. “Não tinha [agressão]. Principalmente a de ontem. A pessoa que falou isso exagerou”, declarou.
Insalubre - Em depoimento à 1ª Del. Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), momentos após ser resgatada, afirmou que era mantida em cárcere privado há dois meses pelo próprio filho. Ainda, contou que não comia há dias. De acordo com o registro policial, o local estava em “situação precária e degradante”, com muito lixo espalhado pela residência e por todo quintal, além de fezes de animais espalhadas por todos os cômodos.
A Perícia Técnica, da Polícia Civil, esteve na casa do Jardim Aeroporto nesta manhã e constatou a situação. Imagens fornecidas ao Diário Digital mostram a residência onde a mulher era mantida em cárcere privado. Nas fotos, é possível notar louça suja acumulada na pia do local, além de lixo pelo chão.

A residência possui poucos móveis, porque, conforme depoimento da idosa, o autor os vendeu. Além disso, a vítima relatou sessões de tortura a qual era submetida. Em uma delas, teve uma das pernas quebrada, o que a incapacitou permanentemente, pois convive com dificuldade na locomoção e uso de muletas.
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