Polícia
Governo paraguaio toma posse de fazendas de narcotraficante brasileiro
“Cabeça Branca” passou 30 anos foragido até ser preso em Sorriso (MT)
Quarta-feira, 12 Agosto de 2020 - 15:12 | Redação

O governo paraguaio confiscou nesta quarta-feira (12) cinco propriedades rurais que pertenciam ao narcotraficante brasileiro Luiz Carlos da Rocha, conhecido como “Cabeça Branca”. Ao longo dos anos, ele formou um verdadeiro império no país vizinho e adquiriu inúmeros bens para lavar o dinheiro do tráfico. Estima-se que o custo total das fazendas seja de 19 milhões de dólares.
Segundo informações do site ABC Color do Paraguai, no distrito de Yby Yaú, a 100 km de Ponta Porã (MS), foram confiscadas duas propriedades: Guatambú, com 4.607 hectares, e Estância dos Hermanos, com 77 hectares. Em Azotey, no departamento de Concepción, a 140 km de Mato Grosso do Sul, está a Estância La Nelly, com 1.000 hectares.
Em Paso Barreto foi confiscada a fazenda Cielo Azul, com 5.945 hectares e a quinta propriedade, a Estância Gua’a, com 862 hectares, fica na região de Bella Vista Norte, cidade vizinha de Bela Vista (MS).
Em 9 de abril, o governo paraguaio já havia tomado posse de outras três fazendas do narcotraficante e apreendeu maquinários agrícolas avaliados em 68 milhões de dólares.

“Fantasma” – Luiz Carlos da Rocha foi um dos traficantes mais procurados pela Polícia Federal e Interpol na América do Sul, considerado como um dos “barões das drogas” do Brasil passou 30 anos fugindo da justiça com o uso de nomes falsos e inúmeras cirurgias plásticas para mudar o rosto.
Ele foi preso no dia 1 de julho, em Sorriso no Mato Grosso, durante a Operação “Spectrum” que significa fantasma, já que o narcotraficante era quase um mito no Paraguai por durante tantos anos conseguir viver disfarçado.
Com condenações proferidas pela Justiça Federal que somam mais de 50 anos de prisão, Cabeça Branca era um dos maiores fornecedores de cocaína da América do Sul que alimentava as principais facções criminosas do Brasil e Paraguai.
“Império” - Segundo as investigações da Polícia Federal, a organização criminosa de tráfico internacional de drogas liderada por Luiz Carlos da Rocha, possuía perfil extremamente violento, com a utilização de escoltas armadas, carros blindados, ações para impedir a proximidade policial, porte de armas de grosso calibre, bem como o emprego de ações violentas e atos de intimidação para se manter em atividade por aproximadamente 30 anos no tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.
Cabeça Branca operava como uma estrutura empresarial, controlando e agindo desde a área de produção em regiões inóspitas e de selva em países como a Bolívia, Peru e Colômbia, até a logística de transporte, distribuição e manutenção de entrepostos no Paraguai e no Brasil, fixando-se também em áreas estratégicas próximas aos principais portos brasileiros e grandes centros de consumo para exportação de cocaína para Europa e Estados Unidos.
Estima-se que a quadrilha liderada por ele era responsável pela introdução de 5 toneladas de cocaína por mês em território nacional com destino final ao exterior e Brasil. Segundo as investigações, a cocaína era transportada em aviões de pequeno porte que partiam dos países produtores Colômbia, Peru e Bolívia, utilizando-se do espaço aéreo venezuelano com destino para fazendas no Brasil, na fronteira entre os estados do Pará e Mato Grosso.
Depois de descarregada dos aviões do narcotráfico, a cocaína era colocada em caminhões e carretas, com fundos falsos especialmente preparados para o transporte da droga, cujo destino era o interior do estado de São Paulo para distribuição para facções criminosas paulista e carioca, ou o Porto de Santos (SP), de onde era exportada para Europa ou Estados Unidos.
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