Polícia
“Eu só quero justiça”, diz filho de pescador morto em acidente no Rio Miranda
Suspeito de provocar acidente foi ouvido e liberado, caso segue em investigação pela Marinha
Segunda-feira, 03 Maio de 2021 - 17:55 | Redação

“Logo depois, todo mundo liberado, cada um para a sua casa e a gente com este sofrimento aqui. Eu só quero justiça, só quero esse cara que matou meu pai pagando por tudo que ele fez”, a súplica foi divulgada por Caê Duarte, 33 anos, que assistiu a morte do pai, Carlos Américo Duarte, de 59 anos, provocada por uma colisão entre barcos, no último sábado (1º), no rio Miranda.
O passeio entre pai e filho terminou em tragédia, após o barco que eles estavam ser atingido por uma lancha em alta velocidade, segundo descreve Caê. O condutor que provocou o acidente é Nivaldo Thiago Filho de Souza, servidor da Casa Civil em Mato Grosso do Sul, e não tinha habilitação para conduzir embarcações.
Ele fugiu do local do acidente e só foi parado pela PRF (Polícia Rodoviária Federal), no posto Guaicurus, na BR-262. Nivaldo se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas admitiu ter bebido, na manhã de sábado, 4 garrafas de cerveja de 205 ml, conforme consta no boletim de ocorrência.
Caê contou que o acidente aconteceu no momento em que o piloteiro do barco fazia uma curva a direta. “No que a gente começou a fazer a curva, veio uma outra lancha em alta velocidade, com o motor enorme, 115, ele vinha correndo muito. O bico do barco dele nem na água tocava”, relata o rapaz.
Neste momento, eles foram atingidos pela lancha. Caê diz que ficou desacordado por alguns segundos e quando recuperou à consciência percebeu que o pai estava sem vida.
"Eu estava na ponta, meu pai no meio e o piloteiro atrás. No momento do acidente, eu desmaiei e quando acordei, me deparei com o piloto tentando ligar a lancha, jogando latas de cerveja no rio e, nesse momento, eu olhei pro lado e ouvi o piloteiro gritando: ‘Não foge, não foge, volta aqui, você matou o cara’, e eu vi meu pai caído”, conta emocionado.
Pai e filho estavam na Pousada Beira-Rio e saíram em um barco pilotado por Rosivaldo Barboza de Lima, funcionário do hotel. Caê teve ferimentos no braço, pé e costas. O piloteiro também se machucou e precisou de atendimento médico.
O condutor da lancha, Nivaldo, foi ouvido pela polícia e liberado na sequência. O caso vai ser investigado pela CFPN (Capitania Fluvial do Pantanal) que deve apurar as causas e responsabilidades do acidente.
“Responsabilidades do acidente, sob o ponto de vista da Autoridade Marítima, serão apuradas em Inquérito Administrativo”, traz a nota divulgada pela Marinha do Brasil.
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