Confira pontos de descarte de medicamentos e cosméticos expirados ou avariados em CG

Salva-vidas, os medicamentos e cosméticos são usados diariamente pelo campo-grandenses. Algumas cartelas e frascos são consumidos até o final, outros, não possuem o mesmo destino. Os produtos devem ser descartados de maneira própria, para prejuízos à saúde humana e ambiental serem evitados pela população, seja por prazo de validade expirada seja por alterações do ambiente em remédios, pomadas e soluções, e alguns pontos da Capital são responsáveis pela coleta desses.

Caso jogados ao lixo de maneira imprópria, medicamentos podem alterar todo o funcionamento do meio-ambiente, explica o farmacêutico e represente da Assessoria de Comunicação do Conselho Regional de Farmácia (CRF), Ronaldo de Jesus Costa. "Claro que em pouca quantidade, mas até antibióticos descartados de maneira incorreta podem aumentar a resistência de bactérias e provocar doenças mais graves aos seres humanos", afirma.

Além desses problemas, os remédios e cosméticos com prazo de validade expirado também acarretam na contaminação da água, que pode, posteriormente, ser ingerida por pessoas e animais, e o solo.

Em Mato Grosso do Sul, Lei Estadual nº 5180 de 12/04/2018 obrigatória a existência de recipientes para coleta ou descarte de medicamentos, cosméticos e insumos farmacêuticos deteriorados ou com prazo de validade expirado, a disposição dos clientes em farmácias e drogarias. Porém, Ronaldo esclarece que é necessário consultar com os estabelecimentos se há ponto de coleta, especialmente pelo alto custo aos proprietários do serviço de coleta.

"Não são todas as farmácias e laboratórios que aceitam recolher, porque isso representa um custo. Esses estabelecimentos [que recolhem] são obrigados a contratar uma empresa para descarte dos produtos vencidos e avariados. Eles pagam por peso de produto. Então, às vezes, algumas empresas dificultam um pouco esse recolhimento", explica.

O farmacêutico reforça que é muito difícil medicamentos expirarem representarem risco direto à saúde, uma vez que são poucos que produzem intoxicação. "O que com certeza vai acontecer é o remédio perder a eficácia", esclarece.

É importante lembrar, ainda, que não somente o prazo de validade torna o medicamento ou cosmético impróprio para o consumo. Caso haja alteração de cor, textura ou cheiro, os produtos devem ser evitados em decorrência de possíveis alterações provocadas por temperatura ou armazenamento incorreto.

Caso a utilização desses remédios vencidos provoquem irritações à pele decorrente de alergias, banho e pomada podem resolver o problema, porém, se o quadro for severo e provocar, por exemplo, trancamento da garganta, é necessário procurar com urgência um médico.

O mais recomendado pelo CRF é procurar as Unidades Básica de Saúde (UBS) de Campo Grande, que são autorizadas pela Lei Municipal n°168/10, indicada pelo Conselho, a implantar pontos de coleta ou o próprio Conselho para realizar o descarte. "Todas as unidades de saúde da Capital realizam o recolhimento de medicamentos. A população pode vir direto também no Conselho Regional de Farmácia, localizado na Avenida Rodolfo José Pinho, número 66, que os remédios serão recebidos e devidamente descartados", reforça.

Bulas e caixas - No caso de bulas e caixas, o descarte pode ser feito em lixo reciclável, por não representarem contato direto com o medicamento ou cosmético avariado. É importante evitar jogá-los em lixo orgânico, pois podem representar riscos ao meio ambiente.

No caso de cartelas de comprimido, frascos, tubos de cremes ou pomadas, essas devem ser entregues nos pontos de descarte, por apresentarem toque direto com os produtos impróprios.

Serviço - Os medicamentos e cosméticos impróprios podem ser descartados tanto nas Unidades Básicas de Saúde espalhadas por Campo Grande, quanto no Conselho Regional de Farmácia, na Avenida Rodolfo José Pinho, número 66, no Bairro Jardim Sao Bento, de segunda-feira a sexta-feira, das 12h às 18h.