Geral
Tatus-canastra do Parque do Pombo passam a ser monitorados por GPS
Projeto em Três Lagoas (MS) utiliza GPS para estudar a espécie e preservar corredores ecológicos no bioma
Terça-feira, 14 Janeiro de 2025 - 08:00 | Redação

Na madrugada desta quarta-feira (8), uma fêmea adulta de tatu-canastra foi capturada no Parque Natural Municipal do Pombo, em Três Lagoas (MS), marcando o início de um monitoramento inédito da espécie no Cerrado. A ação é realizada pelo Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS) em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agronegócio (SEMEA).
A captura é parte de um projeto que utiliza transmissores GPS para estudar a movimentação da espécie e identificar corredores ecológicos que conectam áreas preservadas. Gabriel Massocato, coordenador do Projeto Tatu-canastra, destacou a importância do monitoramento para compreender o uso da paisagem pelo animal, que já era registrado por armadilhas fotográficas no parque desde 2022.
Desde 2010, o Projeto Tatu-canastra monitora a espécie no Pantanal, acompanhando 44 indivíduos. Agora, com a expansão para o Cerrado, o estudo busca detalhar padrões comportamentais e áreas prioritárias para a conservação. Flávio Fardin, da SEMEA, ressaltou a relevância do projeto para gerar dados inéditos sobre o comportamento da espécie no bioma.
Conhecido como engenheiro ambiental, o tatu-canastra desempenha um papel crucial na criação de micro-habitats, beneficiando centenas de espécies. No entanto, sua baixa taxa de reprodução e maturidade sexual tardia tornam a conservação um desafio. Arnaud Desbiez, presidente do ICAS, destacou a importância de entender como a agricultura impacta os movimentos da espécie e de preservar áreas conectadas ao parque.
O parque é um refúgio para a biodiversidade do Cerrado, com registros de espécies raras como o cachorro-vinagre e ameaçadas de extinção, como o lobo-guará. A captura da fêmea de tatu-canastra reforça a importância da unidade de conservação e da colaboração entre pesquisadores, gestores ambientais e a comunidade local.
Com o monitoramento em andamento, espera-se ampliar o conhecimento sobre a espécie e fortalecer ações para proteger o Cerrado e sua biodiversidade.

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