• Diretor de Redação Ulysses Serra Netto

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'Quatro Luas Pantaneiras' estreia no Dia do Pantanal e destaca força feminina

Documentário sul-mato-grossense acompanha quatro protagonistas durante um ciclo lunar

Domingo, 09 Novembro de 2025 - 17:09 | Redação


'Quatro Luas Pantaneiras' estreia no Dia do Pantanal e destaca força feminina
(Fotos: Elis Regina Nogueira/Kojiroh/João Paulo Gonçalves- Divulgação)

Quatro fases da Lua, quatro mulheres fortes, quatro regiões do Pantanal. Ao longo de 29 dias, a equipe de Quatro Luas Pantaneiras passou por Albuquerque, Barra de São Lourenço, Serra do Amolar e Nhecolândia, em Mato Grosso do Sul, registrando o dia a dia dessas personagens. Para a idealizadora e diretora Ana Carla Loureiro, dar protagonismo e voz à mulher pantaneira é uma das grandes forças do projeto.

“Esse filme nasce de uma necessidade de justiça — justiça a essas mulheres pantaneiras que, por tanto tempo, ocuparam um lugar quase invisível na história. Mulheres que sustentam o território, a cultura, a economia, mas que raramente são vistas. O documentário busca honrar esse papel, tirar essas mulheres da retaguarda e colocá-las no centro, onde sempre deveriam estar”, afirma.

Mais do que contar suas histórias – como vivem, como produzem, como se sustentam, como se relacionam com o ecossistema, seus sonhos e dificuldades -, o documentário é sobre enxergar a mulher pantaneira em toda a sua potência. “Essas quatro mulheres representam diferentes formas de pertencer ao Pantanal, mas todas têm em comum essa força silenciosa, essa entrega à vida e à natureza. Três delas são pantaneiras de nascimento, de raiz mesmo. E a Vera é pantaneira de coração - veio do interior de São Paulo ainda criança, e se fez parte desse território”, acrescenta, fazendo referência também à Edilaine, Leonora e Rosa Maria, que completam o quadro de protagonistas do longa metragem.

'Quatro Luas Pantaneiras' estreia no Dia do Pantanal e destaca força feminina
(Foto: Divulgação)

Ao falar das personagens, não podemos deixar de citar Bianca Machado, nossa produtora e responsável pela pesquisa que nos levou à descoberta dessas mulheres inspiradoras. Outro ponto de especial atenção do filme foi a fotografia, para que refletisse a beleza do Pantanal, mas não de forma idealizada e, sim, real, viva, pulsante. Além disso, era importante entrar na casa e na vida das pessoas com delicadeza, sem invasão. Nesse sentido, o documentário contou com um time de alta linha.

“Eu tive a sorte de contar com profissionais extremamente sensíveis. Wlacyra Lisboa, Kojiroh e João Paulo Gonçalves entenderam desde o começo essa necessidade de filmar com respeito, com amor, com escuta. Foi um processo muito bonito, porque a equipe toda se envolveu de corpo e alma. Não era só sobre fazer um filme, mas sobre viver o Pantanal”, enfatiza Ana Carla.

“O Pantanal tem uma luz muito própria, uma textura que muda o tempo todo. Era importante que o filme traduzisse isso, a beleza desse território, das pessoas, da vida simples, sem exagero, sem artifício”, completa.

'Quatro Luas Pantaneiras' estreia no Dia do Pantanal e destaca força feminina
(Foto: Divulgação)

O filme também traz luz à questão ambiental, uma vez que o Pantanal – que desempenha papel fundamental na estabilização do clima e na sustentação da vida no planeta - tem enfrentado a maior seca das últimas quatro décadas. “Fiquei tocada pela beleza desses lugares, mas também sensibilizada pelos desafios ambientais. O Amolar, por exemplo, é uma serra extraordinária — tão linda, tão próxima e, ao mesmo tempo, tão pouco conhecida. Mas a gente sente os efeitos dos incêndios e o quanto eles devastaram e impactaram o Pantanal. Há áreas com pouquíssimos animais silvestres, muita poluição, um desequilíbrio visível”, lamenta a diretora.

“A resiliência do povo pantaneiro, no entanto, é admirável e indispensável: sem ela, não dá pra se viver no Pantanal. É preciso também muita solidariedade e amor pelo lugar, e isso posso dizer que aprendi com nossas personagens”, finaliza

Com trilha sonora original de Marcelo Loureiro, 70 minutos de duração e filmagem em resolução 6K, o longa estreia na data em que se comemora o Dia do Pantanal, 12 de novembro, às 19h, no Cinépolis de Campo Grande (Shopping Norte Sul Plaza).

'Quatro Luas Pantaneiras' estreia no Dia do Pantanal e destaca força feminina
(Foto: Divulgação)

Quatro Luas Pantaneiras é um olhar sobre resistência — da terra, das mulheres, da cultura e de um Pantanal que, apesar de tudo, segue pulsando. Ingressos gratuitos disponíveis no Sympla (https://shorturl.fm/F2DWo).

Incentivo à Cultura - Quatro Luas Pantaneiras é uma realização da produtora Cist em coprodução com a Quíron 5 Filmes, viabilizada com recursos da Fundação de Cultura de MS, Governo de MS, Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura e Governo Federal. Conta ainda com
apoio da Pantanal Film Commission.

O Projeto Quatro Luas Pantaneiras - Termo de Execução Cultural no 1287/2024, Lei Complementar no 195/2022, Decretos no 11525/2023 (decreto Lei Paulo Gustavo) e 11.453 (decreto de fomento) - também prevê a oferta de exibições com palestras em escolas de cidades pantaneiras. Além disso, o documentário conta com recursos de acessibilidade, incluindo interpretação em Libras, legendas e audiodescrição, garantindo que pessoas surdas, com deficiência auditiva e com deficiência visual também possam vivenciar plenamente a obra.

'Quatro Luas Pantaneiras' estreia no Dia do Pantanal e destaca força feminina
(Foto: Divulgação)

“A ACESSIBILIDADE COMEÇA QUANDO O PRECONCEITO TERMINA”
Serviço:
Lançamento do Documentário Quatro Luas Pantaneiras
Dia 12/11/2025 (quarta-feira), às 19h
Cinépolis – Shopping Norte Sul Plaza
Av. Ernesto Geisel, 2300 – Campo Grande/MS
 

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