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Operação nacional contra golpe bilionário cumpre mandados em Dourados

Ao todo, estão sendo cumpridos 21 mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária em seis cidades brasileiras

Quarta-feira, 03 Setembro de 2025 - 10:10 | Luiza Ferraz


Operação nacional contra golpe bilionário cumpre mandados em Dourados
Em um site de reclamações, já foram registradas mais de 400 denúncias contra a falsa empresa. (Foto: Divulgação)

A Polícia Civil deflagrou, nesta quarta-feira (03), a “Operação EBDOX”, que desarticulou uma organização criminosa especializada no golpe do falso investimento. A ação foi coordenada pelo Distrito Federal, mas contou com apoio de forças policiais de vários estados, incluindo a equipe do SIG/NRI de Dourados, que participou diretamente do cumprimento dos mandados.

Ao todo, estão sendo cumpridos 21 mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária, em Boa Vista (RR), Curitiba (PR), Dourados (MS), Entre Rios (BA), Guarujá (SP) e São Paulo (SP). Também foram determinadas medidas de sequestro de valores.

As investigações começaram em abril de 2024, quando vítimas do Distrito Federal foram atraídas para grupos de WhatsApp conduzidos por um homem que se apresentava como “doutor em economia pela USP”. Ele oferecia dicas de investimento e indicava a plataforma EBDOX, que prometia altos rendimentos.

No entanto, quando os investidores tentavam sacar os valores, eram informados de um suposto bloqueio pela Polícia Federal e obrigados a pagar uma “caução” de 5% para liberar os recursos. Após o pagamento, a plataforma simplesmente saiu do ar, deixando os participantes no prejuízo.

Em um site de reclamações, já foram registradas mais de 400 denúncias contra a falsa empresa.

O grupo criminoso era comandado por cidadãos de origem chinesa, residentes no centro de São Paulo, que cooptavam brasileiros para interagir com as vítimas. Os integrantes recebiam catálogos com instruções em chinês e eram pagos em criptomoedas.

Apenas uma das empresas envolvidas, faturou mais de R$ 1 bilhão em 2024. Os recursos eram lavados por meio da compra de criptomoedas, créditos de carbono e até exportações de alimentos de Boa Vista (RR) para a Venezuela.

Com a operação deflagrada hoje, além das prisões e buscas, a Justiça autorizou também medidas de sequestro de valores ligados à quadrilha.

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